Os deputados Thiago Silva (MDB) e Carlos Avalone (PSDB) foram escolhidos hoje (23), respectivamente, vice-presidente e relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigará as atividades da concessionária Energisa.
A decisão foi anunciada na primeira reunião da comissão, na tarde desta quarta-feira (23). A apuração será presidida por Elizeu Nascimento (DC), autor do pedido de investigação.
Na sessão de ontem, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (DEM), anunciou os demais membros da CPI. Além de Elizeu, Thiago Silva e Carlos Avalone, a bancada titular terá os deputados Paulo Araújo (Progressistas) e Dr. Eugênio (PSB).
Para a suplência foram escolhidos Delegado Claudinei (PSL), Romoaldo Junior (MDB), Xuxu Dal Molin (PSC) e Valmir Moretto (PRB). A CPI tem prazo inicial de 180 dias para apurar os fatos e cobrar providências da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
“Agora é esperar o trabalho deles. Estamos colocando a Casa à disposição para solicitar técnicos; para trazer os diretores da Aneel; diretores da Ager e todos diretores e técnicos da Energisa para explicarem e se desvendar o que vem acontecendo em Mato Grosso. Essa CPI vai adentrar para saber por que as contas aumentaram tanto e o descaso da empresa com o consumidor”, disse Botelho.
O democrata aponta como fonte de problema na prestação de serviços o direito de atividade única que a Energisa poussi para explorar o setor no Estado. Ele disse que a concessionária “detém monopólio, retirando do consumidor o poder de escolha”. Segundo Botelho, as reclamações constantes contra a empresa vêm de funcionários, empresários e usuários residenciais.
“É obrigação desta Casa, que é a legítima representante do povo, mediar, quando possível, mas também fiscalizar, investigar e denunciar se necessário, para se chegar a um equilíbrio entre a prestadora do serviço e o consumidor”.
O presidente ainda alerta que, pela tarifa convencional, Mato Grosso fica atrás somente do Maranhão (Cemar), Minas Gerais (Cemig-D) e São Paulo (Cerim) e está muito longe de receber o melhor tratamento dentre todas as unidades federativas do Brasil. Enquanto a tarifa média no país é de 0,564, em Mato Grosso é 0,627.