Política

Defesa nega que Silval Barbosa negocia colaboração com a Justiça

A defesa de Silval Barbosa negou que o ex-governador esteja negociando delação premiada nos processos em que é investigado por corrupção do Poder Público. “Isso não procede. E não há cogitação [de avaliação de proposta de deleção]”, disse o advogado Ulisses Rabaneda, que compõe o grupo de defesa de Barbosa, ao Circuito Mato Grosso.

A informação de suposta delação foi divulgada pelo colunista Guilherme Amado, de O Globo. Em nota publicada nesta quarta-feira (16), o jornalista afirma que “O ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB) está negociando uma delação premiada.”

Uma negociação de Silval Barbosa com a Justiça levaria a uma rendição do ex-governador, que já sugeriu em juízo tendência pela magistrada Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, a pressionar investigados por colaboração de informações sobre casos em análise para facilitar o trâmite e aliviar penas de condenação.

“Aqui todos que confessaram, e a maioria das confissões são marcadas por uma série de contradições e mentiras, [e os colaboradores] foram soltos. Quero contribuir com a Justiça, quero essa oportunidade, mas preso não tenho como ajudar", disse Silval durante audiência da Operação Sodoma no dia 31 de agosto.

A declaração irritou a juíza Selma Rosane Arruda, que pediu para o ex-governador “ficar quieto”.

A primeira investigação em que Silval Barbosa aparece implicado foi deflagrada em novembro de 2013 pela Polícia Federal juntamente com o Ministério Público Federal de Mato Grosso (MPF-MT). A operação Ararath apurava indícios de crimes de lavagem de dinheiro no País. Movimentações de factoring e outras empresas ligadas ao sistema financeiro eram analisadas desde 2011.

O ex-governador foi preso pela Operação Sodoma por lavagem de dinheiro e corrupção na concessão de incentivos fiscais, em setembro de 2015. Também foi preso pela Operação Seven, na qual responde por um esquema para a compra de um terreno de R$7 milhões. A defesa afirma que não há provas concretas contra ele. Ele é citado em mais de 60 processos em trâmite do Judiciário de Mato Grosso.

Reinaldo Fernandes

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