O advogado do ex-governador Pedro Taques (PSDB), Emanuel Figueiredo, compareceu na Polícia Civil para pedir acesso aos autos da grampolândia pantaneira. A defesa do tucano alega que não visualiza o processo desde o dia 22 de outubro.
“O último dia que ela deu visto nos autos pra mim foi no dia 22 de outubro. Já houve vários fatos de investigação e não tive acesso aos autos”, cobra o advogado, citando a delegada Ana Cristina Feldner, que conduz as investigações.
Figueiredo foi até a Polícia Civil no mesmo dia em que o ex-secretário de Estado de Segurança Pública e delegado aposentado, Rogers Jarbas, cumpriu determinação da 7ª Vara Criminal de Cuiabá em usar tornozeleira eletrônica.
Na ocasião, a delegada afirmou que pode representar de novo pela prisão preventiva de Jarbas, uma vez que ele desrespeitou seguidas vezes cautelares impostas pela Justiça. Ainda de acordo com Feldner, o ex-secretário tem “nítida disposição em tumultuar” as investigações que apura o esquema de grampos ilegais.
O advogado do ex-governador, que também atua na grampolândia pantaneira, comenta que a delegada “não acha pertinente” alguns pontos de depoimentos dos investigados no esquema.
“Tive acesso a um depoimento do Rogers, que ele aponta testemunhas que ela não ouve, que ela não acha pertinente. Testemunhas chaves pra defesa dele, que ela não acha pertinente, mas é o ponto de vista dela, tem que respeitar”, analisa.
Em outras oportunidades, Pedro Taques alegou que “está louco para falar” nas investigações da grampolândia, mas que nunca tinha sido convocado. A defesa do ex-governador já enviou um pedido de depoimento para a Polícia Civil.
Entretanto, Feldner garante que ele será ouvido, mas que as apurações seguem um andamento pré-estabelecido. “A investigação tem uma dinâmica, todas as pessoas citadas serão ouvidas, não quando as pessoas querem, no momento que a investigação diz que é o momento oportuno para a investigação”, disse.