A defesa de Dilma Rousseff vai usar as declarações de Lúcio Funaro em sua delação premiada para reforçar o pedido de anulação do impeachment que a tirou da Presidência, em 2016.
Segundo o doleiro, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu R$ 1 milhão para "comprar" votos a favor do afastamento da petista.
O próprio Funaro teria providenciado os recursos, que teriam sido usados para Cunha "ir pagando os compromissos que ele tinha assumido" com os parlamentares que votaram contra Dilma.
"Desde o início do processo de impeachment, a defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff tem sustentado que o processo que a afastou da Presidência é nulo", diz o ex-ministro e advogado da petista, José Eduardo Cardozo.
"Agora, na delação premiada do senhor Lúcio Funaro, ficou demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment", segue Cardozo, em nota.
Ele afirma que a defesa de Dilma "irá requerer, nesta terça, 17 de outubro, a juntada dessa prova nos autos do mandado de segurança, ainda não julgado pelo STF" em que pede a anulação da cassação do mandato.