O defensor público da Colômbia, Jorge Armando Otálora, renunciou nesta quarta-feira (27) ao cargo, quatro dias depois da revelação de um suposto assédio moral e sexual contra sua ex-secretária particular, informaram fontes de seu escritório.
Otálora, que estava à frente da Defensoria desde 2 de setembro de 2012, enviou sua carta de renúncia ao presidente da Câmara dos Representantes, Alfredo Deluque, segundo a informação.
O escândalo que lhe custou o cargo veio à tona no último sábado com a publicação na revista "Semana" de uma coluna do jornalista Daniel Coronell, na qual o mesmo revelou que a advogada Astrid Helena Cristancho, que renunciou ao cargo de secretária particular do defensor em novembro, denunciou que foi vítima de assédio moral e sexual por parte de seu chefe.
Otálora negou na última segunda-feira ter cometido assédio sexual e moral contra Astrid, que além de advogada é conhecida no país por ter sido rainha de beleza e modelo. "Foi uma relação livre, de consentimento mútuo, entre duas pessoas solteiras, durou mais de um ano. Tivemos momentos muito lindos. Tudo o que faz um casal normal", garantiu Otálora em entrevista coletiva na qual disse que, na realidade, manteve uma relação amorosa com sua secretária.
No entanto, em uma declaração para a procuradoria em dezembro, cujo conteúdo foi divulgado por emissoras de rádio, Astrid afirmou que desde que começou a trabalhar na Defensoria Pública, em julho de 2013, começou "a suportar o estilo hostil, agressivo e desrespeitoso com que o senhor Otálora exerce sua liderança".
Nesta quarta, horas antes da renúncia, o vice-defensor, Esiquio Manuel Sánchez Herrera, apresentou sua renúncia e em seu lugar assumiu o secretário-geral da entidade, Alfonso Cajiao Cabrera.
Com as últimas mudanças, Cajiao seguramente passará a ocupar o cargo de titular deixado por Otálora, para concluir o período de quatro anos para o qual foi eleito, que termina em setembro.
Fonte: G1