Por Cintia Borges e Valquiria Castil
O juiz Alexandre Delicato Pampado, da 1ª Vara Criminal de Primavera do Leste (230 km da Capital), decretou a prisão preventiva do casal Katia Cristina de Almeida Lopes, 27 anos, e Lenilson Barbosa de Sousa, 25 anos. Eles são acusados de matar a filha de Lenilson, de dois anos. O assassino teria se irritado porque a menina teria feito fezes no colchão e a agrediu violentamente até perder os sentidos.
“A segregação dos representados se impõe, igualmente, para a garantia da aplicação da lei penal e conveniência da instrução criminal, evitando-se, com isso, que em liberdade evadam do distrito da culpa, até mesmo porque ato contínuo à suposta prática do delito, se evadiram à cidade de Goiânia/GO, tendo sido detidos em Água Boa/MT”, diz trecho da decisão.
Com a decisão, o casal permanecerá na penitenciária por 30 dias, podendo assim ser prorrogado para mais 30 dias. Diferente dos cinco dias em que a prisão em flagrante decreta.
O juiz Alexandre Pampado ressalta, ao final, que o caso em questão não comporta a aplicação das medidas cautelares porque, segundo ele, seriam ineficazes e inadequadas para a garantia da ordem pública, sobretudo diante da reiteração criminosa. “Ante o exposto, nos termos, atento à prova da existência do crime e aos indícios suficientes de autoria, decreto a prisão preventiva dos representados”.
O CASO
O casal foi preso em flagrante pela Polícia Judiciária Civil, em Água Boa (730 km de Cuiabá), neste domingo (18), por homicídio qualificado e ocultação de cadáver da menina, M.E.S.S, de dois anos, encontrada morta na cidade de Primavera do Leste.
O pai contou que, no dia 7 de setembro, por volta das 8h, a madrasta foi ao mercado e ele ficou em casa com menina. Ele revela que bateu na menina porque ela tinha feito cocô no colchão. Em seguida, viu que a menina estava molinha, meio sonolenta e deu um remédio para filha, deixando-a no quarto. Por volta das 23h a criança morreu.
Quando constou que a menina tinha morrido, o suspeito a colocou em um saco plástico e depois em uma caixa, deixando dentro do quarto. No outro dia, o casal viajou e dois dias depois retornaram para Primavera do Leste, foi quando entraram na casa viram que estava com mau cheiro. Então, pegaram a caixa com a criança morta e depositaram em uma área verde, aos fundos do loteamento.
Os dois voltaram, lavaram a casa e as roupas da criança. Passaram mais três dias em Primavera do Leste e foram de ônibus para Goiânia, onde segundo o suspeito iria fazer um curso para mudar a categoria da Habilitação, para dirigir caminhão.
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