A decoradora Emanuely Félix acabou de prestar depoimento a delegada titular da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon). A empresária que sumiu na última sexta-feira (18) e quebrou contrato com noivos e fornecedores. Conforme informações preliminares, a decoradora teria lesado ao todo 78 clientes e gerado um prejuízo de aproximadamente R$ 800 mil.
A decoradora se apresentou na presença de advogado, após orientações da Decon a sua família. Segundo a versão da decoradora, ela não teve a intenção de aplicar golpe em seus clientes, e teria falido após má administração financeira da empresa e atual crise do país. Ela disse ainda que não fugiu com o dinheiro dos clientes, mas que resolveu deixar a cidade por desespero, após perceber que não daria conta de atender aos compromissos.
De acordo com estimativas da decoradora, a dívida giraria em torno de R$ 800 mil, entre clientes, funcionários, fornecedores e alugueis. Ela alega não ter patrimônio para restituir o dinheiro das vítimas. No total, 78 clientes teriam sido lesados, sendo três deles com festas agendadas para 2016. Segundo a delegada, Ana Cristina Feldner, apenas 22 clientes registraram o boletim de ocorrência contra a suspeita.
“Esperamos que outras vítimas procurem a Decon, dentro do prazo para conclusão do inquérito. Neste período, a delegacia vai apurar se de fato a acusada não tem condições de quitar as dívidas, não descartando a hipótese de representação pela prisão da suspeita na conclusão do procedimento”, destacou a delegada.
Inquérito
Na segunda-feira (23) a policia civil de Mato Grosso abriu inquérito para apurar o caso do golpe aplicado a várias noivas de Cuiabá. A delegacia do Consumidor constatou que as vítimas além de consumidores, são fornecedoras também, como uma empresa de flores que não recebeu pagamento, além de atraso no pagamento de imóvel.
A Decon localizou um caminhão arrendado pela suspeita, com várias peças de decoração, que foram apreendidas e será solicitado à Justiça medida cautelar de arresto, para garantir o pagamento de dívidas e os ressarcimentos as vítimas.
Um galpão usado para guardar peças também foi identificado. O local já estava lacrado quando os policiais chegaram. Segundo informação do proprietário o galpão foi lacrado por um oficial de Justiça. A informação ainda é averiguada pela Delegacia do Consumidor.