O deputado estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa, Gilmar Fabris (PSD), disse que decidiu não assumir a presidência da Casa nos próximos dias por motivos médicos. Ele, que deixou a prisão no dia 25 de outubro, deveria ocupar o primeiro cargo com a ida de Eduardo Botelho (PSB) para o Palácio Paiaguás, durante viagem do governador Pedro Taques (PSDB) e o vice, Carlos Fávaro (PSD), para a Europa.
“Resolvi declinar do direito de assumir o cargo [de presidente da Assembleia] por motivos médicos. Durante os dias que o Botelho vai estar no Palácio Paiaguás, vou estar fazendo exames médicos. Então conversei com ele [Botelho], e decidi não assumir”, disse Fabris em entrevista à rádio Capital FM.
O deputado ficou preso por mais de 40 dias em decorrência da Operação Malebolge, deflagrada pela Polícia Federal para apurar indícios de desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro.
A revogação da prisão ocorreu por decisão dos deputados estaduais, seguindo medida do Senado, que manteve o tucano Aécio Neves (MG) em cargo mesmo após a determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) de afasta-lo.
A ocupação de Fabris do cargo de presidente da Assembleia ocorreria por três dias. Neste fim de semana, o governador Pedro Taques viajou para a China para negociar a revenda da dívida de Mato Grosso com o Bank of America com o Banco Mundial. Em seguida, ele vai para Alemanha para negociar investimento com instituições financeiras europeias.
Nesta segunda viagem, Taques deve se encontrar com o vice-governador Carlos Fávaro para participar das negociações. Nesse intervalo, o cargo de governador será ocupado por Eduardo Botelho, o que levaria Fabris da vice-presidente da Assembleia para o cargo de presidente.
Com a declinação de Fabris, o comando da Casa deverá ser ocupado segundo vice-presidente Max Russi, hoje licenciado do cargo para ocupar a Casa Civil, ou o primeiro secretário, Guilherme Maluf (PSDB).