A decisão do deputado estadual diplomado Silvio Fávero (PSL) de entrar para a chapa de Eduardo Botelho (DEM), na concorrência à Mesa Diretora, contraria a direção nacional do PSL. A avaliação foi feita por seu colega de sigla, delegado Claudinei. Ele afirma que o partido, que emplacou Jair Bolsonaro à Presidência, busca um novo alinhamento de oposição à velha política.
“Olha, essa decisão contraria a própria direção do PSL, pois o partido é veemente ao afirmar que não quer associação com políticos em mandato há muito tempo e que representa a velha política”, diz ele ao Circuito Mato Grosso nesta terça-feira (29).
A direção do PSL declarou apoio a Fávero em meados de dezembro passado, com a missão de emplacar uma chapa de candidatura à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. À reportagem, Fávero disse, à época, que havia determinação do partido em lançar representante na disputa, para colocar em andamento a estratégia de “renovação da política”.
O apoio ao nome de Eduardo Botelho foi confirmado pelo futuro parlamentar, menos de uma semana após a confirmação desistência da candidatura. Ele soma à chapa com a adesão do também novato Elizeu Nascimento (DC). A negociação foi encerrada no fim da tarde de hoje. O grupo do atual presidente agora soma ao menos 13 votos, já quase a maioria da Casa.
Ao Circuito Mato Grosso, Fávero não confirma, mas adianta que houve avanços. "A conversa vai continuar nesta semana. Houve avanço e a tendência é fechar acordo".
Em tentativa de chapa
Segundo o delegado Claudinei, o PSL ainda tenta montar uma chapa com o mínimo de sete parlamentares, o necessário registro da concorrência. Na reta final do prazo, há adesão de mais dois – Ulysses Moraes (DC) e Paulo Araújo (PSC).