Política

Decisão da Justiça se respeita, diz promotor sobre Rogers Jarbas

O promotor Roberto Turin, presidente da AMMP (Associação Mato-grossense do Ministério Público), diz que caberá ao Ministério Público do Estado decidir se irá ou não processar o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, por quebra de trâmite sigiloso a favor do governador Pedro Taques e do ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques.

“É uma questão de a ação ser designada a um promotor ou ao procurador que deve analisar aos autos e decidir se irá ou não processar o secretário. Hoje, o inquérito está em investigação, e depois da conclusão haverá decisão sobre abrir uma ação ou não [contra o secretário].”

Na ação que levou ao afastamento do secretário Rogers Jarbas do cargo, o desembargador Orlando Perri sugere que Ministério Público abra novas diligências para ouvir pessoas diretamente ligadas ao secretário para apurar indícios de influência em liberação de documentos de duas operações que correm em segredo de Justiça.

Segundo o desembargador Perri, Rogers Jarbas teria atropelado o trâmite de requerimentos de acesso a dados para atender pedidos do governador Pedro Taques e um escritório de advocacia ligado a Paulo Taques, que deixou o cargo na Casa Civil para investigar casos de grampos telefônicos.

“A decisão da Justiça tem que se respeitar e cumprir. Mas nada impede que o processo seja avaliado. Vale ressaltar que isso é parte normal do trâmite de processos, não há por que achar que isso é algo incomum.”

Segundo Perri, o secretário teria usado do cargo para autorizar a liberação de documentos sobre as operações em segredo de Justiça ao invés de enviar requerimento para a delegacia geral da Polícia Civil. Segundo o desembargador, o “ato delituoso” teve influência pela proximidade do secretário ao alto escalão do governo e o círculo privado dos Taques.

No dia 30 de junho, Rogers Jarbas teria autorizado a liberação de cópias ao escritório das operações Forti e Querubin. A primeira foi instalada em 2015 para investigar uma organização criminosa que atuava em presídios de Mato Grosso, coordenada pela delegada Alessandra Saturnino. Já a segunda investigava a ex-servidora Tatiana Sangalli Padilha, apontada como amante de Paulo Taques, por suposta ligação em ações contra o governador Pedro Taques.

Texto atualizado às 10h30 para correção de informação

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Redação

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