O debate presidencial realizado pela Rede Bandeirantes neste domingo (16) mostrou os dois candidatos a presidência da República fugindo de respostas diretas as perguntas para evitar prejuízo e perda de votos. O formato adotado foi inédito pela ausência de mediador, com ambos os candidatos em pé com tempo de quinze minutos para cada um durante cada bloco, alternando o cronometro durante a fala de cada um.
Ambos começaram o debate com agressões mútuas e buscaram mostrar quem é “o menos pior” para o eleitor ainda indeciso. Bolsonaro afirmando que Lula e seu governo somente atrasaram o país e realizaram malfeitos com escândalos de corrupção. No entanto, Bolsonaro convenientemente nada fala dos escândalos do seu governo com ministros sendo também presos e investigados também por crimes contra a administração pública. Como registra o dito popular: sujo falando do mal lavado.
O eleitor brasileiro deve estar decepcionado com o nível da discussão entre candidatos, pois nada viu em termos de propostas para melhorar a sua vida e a do país. Desemprego, inflação, educação, previdência, privatização, auxílios a população mais vulnerável e necessitada foram temas deixados de lado para dar lugar a ataques pessoais e reiteração de condutas impróprias.
A pauta econômica foi deixada de lado, inclusive com o silencio do ex-presidente Lula para a indagação sobre quem será o ministro da Fazenda do seu governo, caso eleito. O Nordeste foi um dos temas centrais, onde foi tratado sobre a transposição do rio São Francisco, seca e auxílio Brasil. A pandemia também foi protagonista dentre os assuntos abordados, com temáticas da vacina, lockdown, número de mortes, gestão financeira e a crise causada por ela.
Nas considerações finais Bolsonaro começou dizendo que quer liberdade, sem discussão de gênero, sem drogas, sem aborto, com respeito a propriedade privada, ao homem do campo e direito a legítima defesa pessoal. Por sua vez, Lula começou afirmando que seu adversário é contraditório quando fala em liberdade e atua de forma contrária a ela, finalizando que vai voltar a cuidar do povo brasileiro, prometendo “cerveja e churrasquinho”.
