O debate entre os candidatos ao governo realizado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Mato Grosso que ocorreu nesta quinta-feira (20) foi marcado por duras críticas às figuras daqueles postulantes que possuem, em sua ficha, polêmicas sobre corrupção. O candidato à reeleição, Pedro Taques (PSDB), e o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, (DEM) acabaram na mira dos opositores e também trocaram farpas entre si.
Apesar de relevante para o eleitor, a apresentação de propostas com soluções para as deficiências sociais aconteceu de forma resumida e sobre ações específicas. Os candidatos focaram muito mais em críticas ao atual governo sobre os casos de grampos telefônicos, aliados de campanha e entraves nas obras da Copa do Mundo 2014.
"Mato Grosso passa por uma situação vexatória com a crise na saúde e na educação, e vive ainda a insegurança ilustrada pelo caso da grampolândia", disse o candidato Arthur Nogueira (Rede) em sua primeira fala.
O caso de escutas ilegais também foi citado por Mauro Mendes como um dos erros da gestão Pedro Taques. O democrata ainda se adiantou aos outros candidatos ao dizer que o problema na saúde e na educação é efeito de má aplicação dos recursos desde o governo de Silval Barbosa (2010-2014).
"Eu não diria que são só de erros cometidos nos últimos quatro, são erros dos últimos oito anos".
Pedro Taques tem dito em sua campanha que as crises são resultados do governo Silval, apontando Mauro Mendes como integrante do mesmo grupo político por aliança com o MDB, ao qual Silval ficou filiado até 2016.
"Se não tive condições de governo é porque fiz papel de mecânico tentando consertar um carro quase quebrado. Culpa da gestão anterior".
Wellington Fagundes (PR) e Taques voltaram a dizer que Mendes foi omisso quanto a fiscalização das obras da Copa iniciadas em 2012.
"O ex-prefeito deixou rasgarem a cidade e não fez nada. Agora o atual (Emanuel Pinheiro, MDB) está plantando coqueiro onde deveriam ter obras".
Moisés Franz (Psol) usou o argumento de "alternativa verdadeira" aos outros candidatos que possuem participação de empresários do agronegócio.
"Em qualquer outro grupo tem a aliança com barões do agronegócio. Minha candidatura é a única verdadeiramente alternativa ao pessoal da velha política".