A mudança de comando de Mano Menezes para Felipão já indicava que o caminho traçado tinha graves problemas a serem sanados. O Brasil não ganhava de grandes seleções, fracassou nas duas competições que disputou e não contava com um time pronto para desafios. Jogadores relatavam que em seus clubes a Seleção era motivo de piada pela queda de produção.
A Seleção entrará no ano da Copa do Mundo em outro clima. Com Felipão no comando, foram 12 vitórias, 3 empates e 2 derrotas da Seleção principal – sem contar amistosos com time local -, um título da Copa das Confederações e o retorno do respeito dos adversários. Hoje é difícil achar quem não coloque o Brasil como um dos favoritos ao título.
"Acho que os jogadores entram em campo confiantes hoje. Quando começa a ganhar, a confiança vem, é normal. A Copa das Confederações serviu para isso", afirmou o goleiro Júlio César, resgatado por Felipão depois de um longo tempo afastado por Mano Menezes.
O principal trauma suprimido no ano tem o confronto contra os campeões mundiais como pano de fundo. Até quebrar o jejum contra a França em junho, o Brasil acumulava derrotas para Argentina (2 vezes), Alemanha, Inglaterra e os próprios franceses. Tabu quebrado, a Seleção engatou vitórias diante de Uruguai e Espanha no caminho do título na Copa das Confederações.
Ao mesmo tempo, o time escalado por Felipão ganhou corpo. Se antes era impossível apontar 11 titulares tamanha eram as mudanças, o treinador formou uma base sólida e repetiu por sete vezes a escalação ao longo da temporada. Hoje o time tem uma forma de jogar, alternativas e entrosamento.
Simultaneamente, o grupo para 2014 se formou naturalmente. Restam poucas dúvidas para Felipão apresentar a lista no dia 7 de maio. Em vez da escassez do começo de seu trabalho, agora Felipão tem opções. Willian e Robinho, por exemplo, agradaram nos amistosos contra Chile e Honduras. Mas apenas um deles deve ir à Copa.
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