Em busca de uma vida diferente da qual tinha antes de ir para a unidade do Sistema Socioeducativo no Complexo Pomeri, a adolescente F. F. S, 16 anos, iniciou na quinta-feira (01.03) o curso profissionalizante de manicure e pedicure. A atividade é realizada pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), em parceria com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Ágora.
“Estou bastante animada com esta nova oportunidade. Já fiz um curso parecido antes e não cheguei de terminar, mas agora vou me dedicar porque ao sair daqui quero trabalhar na área”, planeja a adolescente.
A proposta da capacitação é habilitar as nove adolescentes internadas na unidade para o processo de inclusão no mercado de trabalho, o que é avaliado positivamente pela gerente de Formação Profissional do Adolescente do Pomeri, Raiani Dias. “Elas terão novas perspectivas de vida e a possibilidade de geração de renda própria”.
As adolescentes terão aula durante dois meses. No final, receberão um certificado de 100h/ aula. No primeiro dia, as alunas tiveram aula teórica. Aprenderam com a empresária e professora do Instituto Mittori, Shirley Shibafuje, sobre atendimento ao cliente, cuidados com assepsia, como estruturar uma esmaltaria, entre outros assuntos. As aulas foram contratadas pelo Instituto Ágora.
Parceria
Este é o segundo curso realizado no Pomeri em parceria com o instituto Ágora. O primeiro ocorreu em 2017 e cinco adolescentes foram capacitadas. Para a representante do instituto, Erlaine Silva, a parceria com a Sejudh representa uma ponte que possibilita a transição das internas para uma vida cheia de oportunidades.
“A manicure e pedicure tem muita visibilidade no mercado de trabalho porque a maioria das mulheres, e até mesmo os homens, busca esse profissional voltado para a estética. Então, com essa qualificação, as meninas poderão ser independentes e abrir o próprio negócio”. Ágora é uma entidade sem fim lucrativa que financia cursos profissionalizantes para pessoas de baixa renda.
A psicóloga da gerência de formação, Marta Regina Maricatto, pediu para as alunas durante a abertura do curso respeito e responsabilidade. Marta acredita que com essas duas características as meninas se tornarão mulheres e profissionais melhores. “Estamos todos empenhados para que elas saiam daqui com uma visão diferente da qual entraram”.
