Alonso Alves Filho, que atende seus pacientes no Hospital Otorrino, na capital, afirma que ele e seu pai sofrem pressão para vender uma fazenda de 1700 hectares, localizada em Livramento, para o conselheiro Antônio Joaquim Moraes Rodrigues. Segundo ele, a disputa deixa ele e sua família com medo.
“Meu pai quer passar o resto da vida lá. O senhor Antônio influencia o Poder Judiciário a erros. Eu e minha família estamos acuados, com medo, porque jagunços estão nos ameaçando caso não aceitemos fazer negócio”, disparou Alves, “Além disso, ele quer acabar com o rio que atende outros proprietários rurais, fazendo com que as terras sejam desvalorizadas”
Hipótese que é prontamente rejeitada pelo Conselheiro do TCE. De acordo com Antônio Joaquim, o motivo real da disputa é uma estrada que corta as terras da família do otorrinolaringologista, afirmando que as acusações feitas contra ele são “mentirosas” e que Alves é um “maluco”.
“Ele (Alonso Alves Filho) já foi condenado por mentir para a imprensa. Essa discussão toda deve-se à utilização de uma estrada, que situa-se na propriedade do seu pai e que dá acesso a duas áreas desmembradas que são de minha posse”, rebate o consultor.
No subterrâneo do caminho desta fazenda corre o curso d’água que provocou o embate. Apesar de ter admitido interesse comercial na propriedade, Rodrigues rechaçou a denúncia de que homens sob suas ordens estariam ameaçando os familiares do médico, e que seu interesse está unicamente na água.
“Diferente do que o senhor Alves disse, o rio que quero canalizar, e que passa por baixo desta estrada pública, nasce nas minhas terras. É meu direito”.
Ainda de acordo com o conselheiro, Alves é seu réu em processo por danos morais e materiais, por ter destruído, segundo ele, “Dois quilômetros de canos que havia utilizado nesta obra. É um tonto, um maluco”.
Diego Frederici – Da Reportagem
Fotos: Diego Frederici