Você já parou pra perceber como anda o seu ritmo? Uma forma bem simples é tentar parar por alguns minutos, sem fazer absolutamente nada, apenas respirar e se observar. Venho observando que a maioria não consegue parar fisicamente, começa a balançar um dos pés, pega o celular, olha, guarda, pega de novo, olha de novo e às vezes passa uma, duas, até três horas em redes sociais. Esta semana iniciei uma turma nova e percebi a agitação de uma das alunas, mexia na apostila, conversava com o colega, olhava o celular, e no momento em que ela conseguiu parar fisicamente o cansaço tomou conta dela e ela mal conseguia ficar de olhos abertos. Sim, o ritmo acelerado me protege da dor a curto prazo, mas não é sustentável. Em algum momento o corpo vai dar sinais, começa com gripes, torcicolos, sinusite, insônia e vai se intensificando até pararmos. Mas existem pessoas bem resistentes, não adoecem no físico e a doença vai direto pra alma. Vão perdendo o gosto pelas coisas simples como olhar o céu, ler um poema, escutar um amigo, abraçar sem transar, estarem presentes. Geralmente focam no físico, vivem para o trabalho, andam sempre na moda, bebem ou usam drogas e não se aprofundam em nenhuma relação, vivem de prazer momentâneo. Todos transitamos nestes dois cenários e o ritmo acelerado faz com que percamos a capacidade de avaliar o gosto da vida, a maioria come de forma acelerada, nem lembra o que comeu, resultado? Nunca está satisfeito. Estamos transitando pela vida como zumbis. O que fazer? O primeiro passo é examinar o próprio ritmo, como anda a sua vida? Rezar, planejar, ter lazer, buscar o autoconhecimento, se tornar responsável por essa experiência humana na Terra tem sido o chamado, como já repito há algum tempo, o mundo precisa de gente viva. Fique bem.