A primeira manhã de fevereiro despontou com Hélio Pimentel no programa “Autores e Livros” da Rádio Senado. Produzido e apresentado por Margarida Patriota, professora da Universidade de Brasília e escritora com sete prêmios literários, que anunciou: “Nosso entrevistado desta semana é o músico, instrumentista, escultor, jornalista e poeta, mineiro de origem, mato-grossense por opção: Hélio Pimentel. Cuiabália foi o nome que Hélio escolheu para reunir uma centena de crônicas impressas nos jornais de Cuiabá, a partir da década de 1980, e que ele agora publica na forma de livro, com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura do Estado de Mato Grosso”. E lá estava a nossa terra na pessoa mineira-cuiabana de Hélio Pimentel!
Hélio Pimentel, que se considera “cuiabanizado”, costuma dizer que “saiu do Córrego do Bom Jesus”, sua cidade natal, “mas o Córrego do Bom Jesus nunca saiu de mim”. Cuiabália, ilustrado pelo artista plásttico Marcelo Velasco e publicado pela Editora Entrelinhas, é o resultado de suas impressões sobre o Patrimônio Histórico de Mato Grosso.
Durante o programa “Autores e Livros”, apresentado em duas partes, Hélio Pimentel também destacou sua atuação no campo da música, em especial na composição de letras para o grupo O Fino do Mato, do qual faz parte. Entre suas composições mais conhecidas estão: “A mais linda estação”, “A rosa”, “Amorzim”, “Cuiabália”, “Doce Menino”, “Eu quero doce”, “Marcas da paixão”, “Cachinho de flor”, “Meu querubim”, “Passarinho”, “Pantanal”, “Rio místico”, dentre outras tantas canções-poesias. Nas vozes e cordas de O Fino do Mato também são intepretadas canções de outros compositores, com destaque para a legendária “Anahí”, a rainha Guarani, a lembrar que sua raça não está morta.
Hélio Pimentel, que na verdade não saiu do “Bom Jesus” (um de Minas e outro de Mato Grosso), segue o ditado “quem canta reza duas vezes” para esculpir (ele é um escultor de obras sacras) a diversidade cultural de Mato Grosso.