Três ex-técnicos da Seleção, Luiz Felipe Scolari, Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes, conheceram o mercado chinês no rastro de Cuca, o primeiro técnico de ponta do Brasil a assumir o comando de um clube no país asiático. Agora, com o título nacional pelo Palmeiras, Cuca pode retornar ao mais novo éden do futebol mundial. Os salários de lá são sinônimo de cobiça, e a fraca competitividade do Campeonato Chinês fica em segundo plano.
Cuca trocou o Atlético-MG pelo Shandong Luneng para ganhar cerca de R$ 1,5 milhão, por mês, durante os anos de 2014 e 2015. Mas não obteve os resultados esperados pela direção do clube, que o demitiu. Foi substituído por Mano Menezes, que receberia em torno de R$ 2,5 milhões mensais. A história, porém, se repetiu e o Shandong não deslanchou. Em junho deste ano, Mano acabou dispensado. Na sequência, passou a trabalhar no Cruzeiro.
Oficialmente, Cuca não confirma sua nova aventura na China. Mas o Palmeiras já trabalha com essa informação faz meses e articula a contratação de um novo treinador.
A experiência no futebol chinês, dentro de campo, também não foi boa para Luxemburgo. Ele contava com a força de Luís Fabiano e de Jadson para uma tarefa que não parecia tão complicada – levar o Tianjin Quanjian para a Primeira Divisão do país. Houve um acúmulo de tropeços e, também no último mês de junho, Luxemburgo não resistiu às críticas internas do Tianjin. Ele dispunha de um salário improvável para um clube de ponta do Brasil – aproximadamente R$ 2,5 milhões mensais.
Quem sobreviveu à bola de neve chinesa foi Scolari (R$ 1,5 milhão, por mês). Conquistou os títulos da SuperLiga e da Copa dos Campeões da Ásia pelo Guangzhou Evergrande e é admirado por todos no clube. Seu contrato termina no final de 2017 e já há uma movimentação dos dirigentes do Guangzhou para a sua renovação. Aos poucos e longe de seu país, Scolari tenta deixar para trás o pesadelo dos 7 a 1 da Alemanha no Mundial de 2014 – era o técnico do Brasil.
Fonte: Terra