Vereadora por Cuiabá Maysa Leão (Republicanos) reiterou que procurou o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) para que apagasse vídeo, mas que o parlamentar "criou uma tempestade em copo d'água". Representante do parlamento municipal acusa o bolsonarista de publicar gravação que supostamente sugere que vereadora defende estupradores.
Toda situação começou no início de agosto, com a publicação de um vídeo no qual Maysa comenta uma pergunta de Cattani sobre penalização a estupradores. Vereadora acusou deputado de utilizar o recorte da gravação para sugerir que ela defende estupradores. Com a publicação, diversos perfis propagaram discursos de ódio contra a parlamentar.
Durante o programa Tribuna, da Rádio Vila Real FM, na manhã desta terça-feira (19), Maysa reiterou que buscou Cattani via Instagram para retirada do vídeo. E, sem resposta, encaminhou ofício com prints dos comentários para o gabinete do deputado, que se recusou a apagar a publicação.
"A sugestão no primeiro momento, tanto na minha rede social quanto no ofício, era de apagar o post. E vida que segue. Eu sequer pedi que ele se retratasse porque naquele momento não atribui nenhuma culpa a ele. Então, o deputado Cattani criou uma tempestade em copo d'água. Copo d'água para ele, porque para mim eram ameaças muito graves e que poderiam se tornar reais. A gente sabe que hoje o que está na rede social faz parte de um movimento que vai para a realidade", disse.
Vereadora foi questionada sobre posicionamento do deputado estadual Max Russi (PSB), que rejeitou pedido de abertura de processo contra Cattani na Assembleia por conta do episódio. Ao falar sobre o parlamentar, Maysa disse que os comentários do vídeo não criaram apenas um cenário de debate de ideias, mas, sim, que propagavam uma cultura de violência moral.
Paralelamente ao pedido de investigação contra Cattani, Maysa lembrou que também buscou a polícia de crimes cibernéticos. Vereadora disse que registrou boletim de ocorrência, levou todos os prints dos comentários e apontou que o delegado responsável pelo caso assegurou que todos os IPs (endereço de um dispositivo na internet) estão sendo procurados pelas forças de segurança.
