O deputado federal José Medeiros (PODE-MT) diz que a oposição criou a confusão, na sessão desta quarta-feira (24), na Câmara Federal, para “esconder” a derrota na votação da proposta de reforma da Previdência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Envolvido no bate boca, o parlamentar afirma que se alterou à tentativa de medir a base do governo pela regra do “toma lá, dá cá” com o governo, com troca de emendas ou cargo pela aprovação da agenda executiva.
“Eles criaram uma cortina de fumaça para esconder a derrota redundante na CCJ. Foram 48 votos a 18. E quando saiu a publicação sobre as supostas emendas quiseram medir a gente com a mesma régua de quem sem recebe algo em troca. Eu não vou aceitar um trem desses”.
A confusão no plenário da Câmara teve início após a leitura de uma reportagem publicada pela Folha de S. Paulo sobre a liberação de R$ 40 milhões pelo governo em emendas impositivas. O jornal afirma que o dinheiro foi negociado mediante a garantia de aprovação da reforma da Previdência. Questionado sobre o assunto, Medeiros afirmou que a negociação não existe e, mesmo se houver a liberação de recursos, deputados da oposição também vão receber.
“Eu até queria que o governo liberasse porque Mato Grosso está precisando, outros Estados também estão precisando, na saúde, nas estradas. Mas, não houve negociação nenhuma. A oposição divulga essas coisas como se não fossem receber se realmente houvesse a negociação”.
Conforme a Folha, cargos e recurso extra, via emenda impositiva, foram negociados em reunião na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Os R$ 40 milhões a mais seriam pagos até 2022, fim do mandato de Jair Bolsonaro.