Segundo parentes, após a história ganhar repercussão em um site de notícias local, dezenas de doações foram enviadas, estabelecendo o início de uma corrente de solidariedade. Tia de Clara, a confeiteira Cláudia Helenita dos Santos, de 39 anos, contou que o celular foi oferecido por ela a um repórter do Portal Ijuí News, que registrava os desdobramentos do incêndio próximo à casa. Segundo a mulher, a menina chorava no momento em que tomou a iniciativa.
"A família perdeu tudo o que eles tinham. O celular foi um dos poucos objetos que restaram. Porém, a mãe dela não aceitou a venda. Disse que não precisava, que daríamos um jeito", disse Cláudia ao G1.Feita de madeira, a residência vinha sendo emprestada à família de Clara por um morador de Ijuí, que decidiu mantê-los como caseiros no local. Após o incêndio, iniciado por motivos ainda desconhecidos, a menina, o pai, a mãe e os dois irmãos dela, de cinco e sete anos, passaram a morar em uma chácara na zona rural de Ijuí.
Enquanto isso, doações de móveis, colchões e roupas não param de chegar, de acordo com a tia. Com a repercussão nas redes sociais, até moradores de cidades distantes como Caxias do Sul, na Serra, Uruguaiana, na Campanha, e Porto Alegre passaram a apoiar a recuperação financeira da família de Clara."Ajudou a sensibilizar. A comunidade está sendo fantástica. Não esperava tanto. Já estamos até com dificuldade para transportar tudo que chega. Mas ainda falta muita coisa, principalmente móveis de cozinha", relatou Cláudia.
G1