O jovem passou perto de um protesto de estudantes da escola de ensino fundamental Antônio Matos Filho, que pediam o asfaltamento da rua Santa Maria. Segundo a mãe do garoto, apesar de estudar no mesmo colégio, Gabriel não fazia parte da manifestação – ele estava apenas voltando para casa, após um dia de estudo.
"Ele foi atingido por uma bala de borracha na porta da minha casa", conta a professora Cidileia Martins, mãe de Gabriel. "Os alunos reivindicavam melhorias para a rua, que é um lamaçal. Meu filho vinha chegando em casa e foi atingido a milímetros do olho", desabafa a mãe.
Gabriel foi levado para um hospital do município, e recebeu alta após fazer exames. "Ele passou por especialistas, fez vários exames e, graças a Deus, não está com problemas no crânio. Vamos aguardar o inchaço diminuir para ver como está a visão dele", conta a professora, que fez um boletim de ocorrência na Polícia Civil e aguarda a apuração do caso.
O tio do menino, Francismar Bueno, protestou nas redes sociais contra a agressão. Em entrevista ao G1, disse que os policiais atiraram diversas vezes contra crianças de 8 a 15 anos, que participavam do protesto. Uma das balas teria atingido Gabriel.A polícia agora deu para atirar em criança! Violência só porque eles estavam fazendo manifestação em frente à escola pedindo para tapar os buracos da rua. Uma criança de 11 anos. Queremos justiça! Eles usaram spray de pimenta e atiraram várias vezes!
A mãe do menino acredita que o responsável deve ser identificado e punido. "Não estou aqui para acusar, mas eu acho que teve haver uma punição. Foi falta de responsabilidade. Uma manifestação que só tem crianças, dá para a polícia negociar, mas eles chegaram atirando", critica.
G1