Marginal Pinheiros foi uma das vias de São Paulo que teve limite de velocidade reduzidao na gestão Haddad (Foto: Marivaldo Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo)
Quase metade da população que vive em São Paulo já concorda com a redução da velocidade máxima nas principais vias da cidade, como nas marginais Tietê e Pinheiros, de acordo com pesquisa Ibope publicada pela Rede Nossa São Paulo nesta segunda-feira (19). Segundo o levantamento, 47% dos paulistanos se mostram a favor da medida.
O número de defensores da redução cresceu em quatro pontos percentuais em relação à mesma pesquisa realizada no ano passado, quando 43% diziam concordar com a mudança. 50% dos moradores da capital paulista ainda se mostram resistentes à medida e 3% preferiram não responder ou disseram não ter opinião formada a respeito do tema.
O estudo apontou que pessoas do sexo masculino e com maior poder aquisitivo são as que mais se manifestam contra a diminuição da velocidade máxima. Por sua vez, as mulheres e também moradores da Zona Oeste aparecem como os mais favoráveis.
Ciclovias
Assim como a redução da velocidade, a ampliação da malha cicloviária, outra aposta do prefeito Fernando Haddad (PT) para melhorar a mobilidade urbana na cidade, vem ganhando a adesão da população, como demonstrou a pesquisa. Se, em 2015, 59% apoiavam a construção de mais ciclofaixas e ciclovias, em 2016, o número subiu para 68%.
Apesar de apoiar os investimentos no ciclismo urbano, aproximadamente três em cada quatro paulistanos afirmam nunca andarem de bicicleta, segundo o estudo. Entre os que dizem já terem utilizado as ciclofaixas e ciclovias da capital, 70% as consideram pouco ou nada seguras.
A falta de segurança aparece, inclusive, como o fator que mais afasta a população dos pedais. Entre as principais preocupações, tanto de quem já utiliza a bike como meio de transporte quanto de quem nunca andou, estão os furtos e roubos, o desrespeito de motoristas e motociclistas e a existência de buracos e irregularidades nas pistas.
Lazer nas vias
A liberação, aos domingos, de ruas e avenidas como a Avenida Paulista para lazer e a circulação de pedestres é outra medida no trânsito que vem caindo no gosto popular. No ano passado, 64% se colocavam a favor da iniciativa. Em 2016, já são 76%.
A ideia de interromper o tráfego temporariamente para incentivar a ocupação da cidade ganhou força até mesmo entre as pessoas que dizem utilizar o carro diaria ou quase diariamente. Entre o grupo, a aprovação da medida cresceu em mais de 20 pontos percentuais, passando de 54% em 2015, para 75% neste ano.
Estudo
A pesquisa Ibope, encomendada pela Rede Nossa São Paulo, entrevistou 602 moradores, de todas as regiões de São Paulo, entre os dias 23 de agosto e 1º de setembro. O índice de confiança do levantamento é de 95%, com margem de erro máxima estimada de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: G1