Política

“Credibilidade da PM não está abalada”, diz novo comandante da PM

O novo comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Marcos Vieira da Cunha, negou que instituição tenha sofrido abalos internos e perante a sociedade cívil, mesmo após os últimos escândalos durante solenidade de posse na noite desta quinta-feira (30).

Membros da corporação são acusados de uma atuarem em uma suposta central de interceptações telefônicas ilegais. Nas últimas semanas, dois policiais militares foram presos por vazarem informações sigilosas sobre mandados de prisão de colegas de trabalho que teriam envolvimento nos grampos ilegais.

“A credibilidade não está abalada, porque a instituição é muito maior do que isso. Por isso falamos em força de segurança, onde todos nos juntos somos mais fortes. Quando falo de força de segurança falo da Polícia Militar, Judicial Civil, Detran, Politec e Corpo de Bombeiros. Nós estamos trabalhando de maneira integrada e temos conseguido índices históricos no estado de Mato Grosso”, destacou.

O coronel Cunha assumiu oficialmente o comando da Polícia Militar em substituição ao coronel Jorge Luiz de Magalhães, na noite desta quinta-feira. 

Em depoimento emocionado, o coronel Jorge Luiz se despediu do cargo agradecendo a corporação e afirmando ter “cabeça erguida”. “Sei perfeitamente o que estava fazendo a frente de comandante geral, e sei também porque estou deixando a função, e isso me conforta muito. Nada na vida acontece por acaso, tudo tem um propósito divino. Deus me trouxe aqui, a essa honrosa função, e Deus está me tirando dessa honrosa e gratificante função”, disse em seu discurso.

Motivo da troca

Esta é quarta troca de comando que o governador Pedro Taques (PSDB) realiza em dois anos e meio de mandato. A confirmação da troca do comando ocorre após rumores de que a Justiça teria decretado a prisão preventiva dos secretários Evandro Alexandre Ferraz Lesco (Casa Militar) e Airton Benedito Siqueira Júnior (Justiça e Direitos Humanos), por suposto envolvimento no esquema de interceptações telefônicas.

O governador, contudo, não confirma o motivo da troca do comando da Policia Militar, e se restringe a responder que apenas “cumpre o que a constituição diz”.

Para o secretário de Estado de Segurança, Roger Jarbas, a saída do coronel Magalhães não há relação com o vazamento de informações sigilosas por parte dos PMs. “As questões que levam a mudança de comando são questões técnicas, ligadas a atividades finalística”, ressaltou durante o evento.

Já o antigo comandante-geral, coronel Jorge Luiz, corrobora com a versão do governador e secretários.  “Eu acredito que não [a saída tenha sido motivada pelos PMs afastados]. O inquérito policial esta sendo bem conduzido, o Ministério Público e toda sociedade tem acompanhado. Então, não acredito que foi em virtude disso”, conta.

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Redação

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