Política

CPI quebra sigilo de Carla Zambelli e convoca novamente Mauro Cid

A CPI do 8 de janeiro aprovou nesta quinta-feira (24) a quebra de sigilos fiscal e telefônico da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e de aliados da parlamentar.

A comissão pautou os requerimentos de acesso a dados da deputada após o programador Walter Delgatti Neto, o chamado hacker da Vaza Jato, ter afirmado que participou, a pedido de Zambelli, de tentativas de deslegitimar as urnas eletrônicas.

A comissão também aprovou convocação para novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe dos ajudantes de ordem de Bolsonaro.

O presidente da CPI, Arthur Maia (União Brasil-BA), porém, não colocou em discussão as quebras de sigilo envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A comissão aprovou ainda a quebra do sigilo dos dados de redes sociais de Zambelli. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) vai enviar à CPI relatórios de inteligência financeira sobre a deputada.

A CPI também vai receber os dados de movimentações financeiras, do telefone e das redes sociais de Bruno Zambelli (PL), irmão da parlamentar e deputado estadual em São Paulo, e de Renan Goulart. Eles teriam participado da trama para deslegitimar as urnas, segundo Delgatti.

A comissão também aprovou a convocação de Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e quebras de sigilos telefônico e telemático de Tércio Arnaud Tomaz e José Matheus Salles Gomes, que foram responsáveis pela estratégia de comunicação nas redes sociais do ex-presidente.

O plano da comissão era pautar requerimentos de quebras de sigilo e convocações na terça (22), mas houve divergência entre os parlamentares sobre quais seriam avaliados. Sem acordo, Maia decidiu apresentar com antecedência a pauta da reunião.

A aprovação dos requerimentos da pauta desta quinta foram aprovados de forma simbólica, pois havia acordo entre os parlamentares. A CPI ainda ouve na sessão de hoje o sargento Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Reis participou da invasão a Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro e está preso por causa das suspeitas da falsificação do cartão de vacinação do ex-presidente da República. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificou movimentação atípica na conta do ex-ajudante de Bolsonaro.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões