O presidente da CPI mista que investiga denúncias de irregularidades na Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), marcou para a próxima quarta-feira (29) o depoimento do doleiro Alberto Yousseff, preso sob a acusação de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado ilegalmente cerca de R$ 10 bilhões.Já foi acertada com a Polícia Federal de Curitiba a logística relacionada à vinda do senhor Alberto Youssef para prestar depoimento nesta CPMI dia 29 de outubro às 14h30, anunciou Vital nesta quarta-feira.
A oposição vinha cobrando a ida de Youssef à CPI mista. O requerimento de convocação já havia sido aprovado, mas dependia da iniciativa do presidente de marcar o depoimento.Parlamentares que apoiam o candidato a presidente pelo PSDB, Aécio Neves, pressionaram Vital do Rêgo para marcar o depoimento do doleiro antes do segundo turno da eleição, marcado para o próximo domingo (26). Mas o presidente da CPI disse que haveria dificuldades de logística para levar Youssef da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso, ao Congresso Nacional, em Brasília.
A gente vai chegar ao segundo turno da eleição exatamente como o PT gostaria, impedindo o avanço da CPMI, impedindo o aprofundamento das investigações. Impedindo que pudéssemos ter clareza a respeito das graves denúncias envolvendo a Petrobras, criticou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).Nesta quarta, a CPI ouviria o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, que sucedeu no cargo Paulo Roberto Costa, preso pela PF sob suspeita de integrar o mesmo esquema que seria chefiado por Youssef e também apontado como responsável por um esquema de pagamento de propina a parlamentares com dinheiro de contratos da estatal.
Mas em ofício enviado pela manhã à CPI, a Petrobras informou que Cosenza teve uma intercorrência clínica à noite e teve de tomar uma medicação de urgência. O diretor deverá ficar afastado do trabalho por dois dias, mas se colocou à disposição para falar noutra data.
G1