Em 16 de julho, a comissão aprovou por unanimidade requerimentos que pediam a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal de Alberto Yousseff e do ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa, também preso na operação da PF.
Conforme informou a secretaria da CPI mista, os documentos obtidos por uma empresa telefônica serão distribuídos aos parlamentares membros do colegiado. As ligações de Alberto Yousseff são consideradas sigilosas e somente deputados, senadores e assessores autorizados por eles poderão ter acesso ao documento.
Segundo a Polícia Federal, Youssef chefiava uma quadrilha de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou cerca de R$ 10 bilhões. De acordo com as investigações da operação, Paulo Roberto Costa ajudou empresas de fachada mantidas por Youssef a fechar contratos com a Petrobras. Entre esses contratos, aparecem as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Nessa operação, a PF estima que foram desviados até R$ 400 milhões da obra.
Líderes da oposição no Congresso pretendem levar para apuração na CPI mista da Petrobras denúncias de Paulo Roberto Costa, que em depoimentos à Polícia Federal delatou dezenas de senadores e deputados federais de três partidos (PT, PMDB e PP), governadores e um ministro como beneficiários de um esquema de pagamento de propinas com dinheiro de contratos da estatal. Todos os citados negam envolvimento.
G1