(Foto: Ilustrativo)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, após 108 reuniões, encerrou nesta quinta-feira (24) a prestação de esclarecimentos com o depoimento de Eraí Maggi Scheffer. Além disso, identificou R$ 2 bilhões em sonegação fiscal durante a CPI e tentarão até o final deste ano aprovar o relatório final.
A aprovação deve acontecer antes que os deputados estaduais José Carlos do Pátio (SD) e Emanuel Pinheiro (PMDB), presidente e membro da CPI, deixem a Assembleia Legislativa para assumir as prefeituras de Rondonópolis e Cuiabá.
Durante a oitiva com Eraí Scheffer, que junto de familiares detém a movimentação de 83% da Cooamat, garantiu ser pagador de todos os impostos devidos. “Essa coisa de sonegação, não podemos admitir isso. Nunca soneguei um centavo. Posso até discutir os impostos administrativamente ou juridicamente. Depois, pago sem reclamar”, pontuou.
Ele ainda garantiu que a Cooamat segue todos os trâmites legais e defendeu a participação de familiares e até funcionários na cooperativa. De acordo com ele, as associações precisam ser feitas entre pessoas que se conhecem e se possui confiança.
A CPI diagnosticou que o Estado tem no mínimo uma perda de R$ 2 bilhões/ano com sonegação e renúncia fiscal. Após as constatações de falhas graves na concessão dos incentivos dados nas gestões passadas, sugestões foram feitas para aperfeiçoar a Lei que regulamenta a concessão de incentivos fiscais, com novas recomendações para evitar desvios, fraudes e injustiças econômicas.
A comissão foi criada em março de 2015 e é composta pelos deputados: Wilson Santos (PSDB), Max Russi (PSB), Wancley Carvalho (PV), Gilmar Fabris (PSD), José Domingos Fraga (PSD), Emanuel Pinheiro (PR), Coronel Taborelli (PV), Zeca Viana (PDT) e Silvano Amaral (PMDB).
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