Cidades

COT-UFMT oferece perigo a pedestres

Foto: Ednei Rosa

Uma das promessas não cumpridas da Copa do Mundo, o Centro Oficial de Treinamento (COT) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) tem trazido certos transtornos para pedestres que caminham no local, devido à não finalização das obras. Tudo isso porque, na região, as calçadas são invadidas por tapumes, deixando pessoas expostas a acidentes de carros que trafegam na via. E o pior é que ainda não há previsão de quando a obra será entregue à população.

Para quem passa pela universidade, é natural observar diversas pessoas que aproveitam algumas horas do dia para praticar esportes e também fazer caminhada. Principalmente no início da manhã ou no final da tarde. No entanto, há quem se arrisque a andar pelas vias de carros, pelo fato de serem impedidas de transitar pela calçada em frente ao COT.

A jornalista Marianna Marimon faz caminhada todos os dias pela instituição. Ela disse que quase foi atropelada por um ônibus por ter que andar pela rua. “Eu estava com fones de ouvido bem baixo, daí de repente só ouvi uma buzina já em cima de mim. Só senti o vento quase me levando. Era um ônibus que passava em alta velocidade”.

Ela observa ainda que os motoristas, muitas vezes, são imprudentes pelo fato de não respeitarem os pedestres que passam na rua, mesmo sabendo que a calçada está bloqueada: “Eles buzinam quando passam quase em cima de você, mesmo sabendo que a gente faz exercício por lá. Eles não estão nem aí”.

Outra atleta que pratica exercícios na instituição é a arquiteta Alexandra Plotow. Ela afirma que se sente insegura sempre quando passa na região, mas que não tem outra opção, uma vez que a universidade é o único espaço adequado mais próximo ao seu local de trabalho.

“Sempre depois do trabalho, no final da tarde, faço caminhada na UFMT. Mas ultimamente eu tenho medo de passar por lá, por conta desses tapumes que me impedem de andar em um local mais seguro. Tanto os carros quanto os ônibus passam em alta velocidade por lá. Ao invés de sair mais relaxada, depois do exercício, acabo ficando até mais tensa por conta disso”, desabafa.

Já a comerciante Andreia Borges disse que evita andar pelo local. Ela, que sempre se reúne na UFMT com os filhos de 14 e 10 anos para caminhar, disse que prefere dar voltas pela praça em frente ao Restaurante Universitário para evitar possíveis acidentes.

“Eu não me arrisco ou arrisco a vida dos meus filhos para passar por lá. É cansativo dar voltas nessa praça, mas é a única opção ‘menos perigosa’ que temos aqui para praticar nossos exercícios. Eu acho um absurdo tanto dinheiro ser investido e não termos o mínimo de segurança nessa obra”, reclamou.

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Noelisa Andreola

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