Depois de se desfiliar do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na semana passada, o deputado federal Fábio Garcia (atualmente sem partido) afirmou estar preparado para disputar as eleições de 2018 com um novo grupo político, como ”por exemplo” o de Jaime Campos, Democratas (DEM). O parlamentar destacou que recebeu o convite do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e que mesmo “cortejado” não descarta a possibilidade de sair candidato por outras siglas.
“A gente tem conversado com muitos partidos como por exemplo o Democratas, partindo do presidente da Câmara Rodrigo Maia, do ministro da Educação Mendonça Filho, do presidente do partido Agripino Maia, o prefeito de Salvador [BA] ACM Neto, as lideranças do DEM a nível nacional e também aqui local, como o ex-senador Jaime e Júlio Campos, e o deputado Dilmar Dal Bosco”, contou durante entrevista à rádio Vila Real FM.
Garcia e Adilton Sachetti foram destituídos do PSB após terem contrariado a orientação da executiva nacional e votado a favor da reforma trabalhista, em abril deste ano. Depois disso, uma crise se instalou no partido dentro de Mato Grosso e o parlamentar chegou a ser retirado da presidência estadual, sendo substituído por Valtenir Pereira.
Na manhã desta segunda-feira (30), o ex-socialista tornou a falar sobre o assunto e negou que tenha sido "expulso” por uma recomendação do Conselho de Ética, o acusando de infidelidade partidária, quando “na verdade” foi uma decisão própria por não concordar com o retorno do PT ao poder.
“Quero dizer que na verdade eu recebi do partido uma carta permitindo a minha saída por justa causa e dizer que a minha saída do PSB não tem a ver de fato com nenhuma votação, porque dentro do PSB eu combatia que essa sigla não deveria mudar de rumo e um dado momento o PSB quis se unir ao PT, fazendo conversa com Gleisi Hoffmann e o ex-presidente Lula e eu sou contra a volta do PT ao poder”, declarou.
Sobre as reuniões internas, Garcia informou que está articulando com demais representantes de siglas para conquistar o fortalecimento para 2018 e tem trabalhado para manter o mesmo grupo político.
“Temos conversado também com outros partidos como o PP ou com o próprio PSDB de Nilson Leitão que já conversou conosco, o PR do senador Wellington Fagundes, o PSD do vice-governador Carlos Fávaro. Então a gente tem dialogado com vários partidos políticos. O que eu tô tentando fazer é articulando conversas para que o nosso grupo político possa permanecer junto. Nós somos muito fortes em Mato Grosso”, pontuou.