Da Redação
Ainda nesta segunda-feira (6), os Correios ingressarão com medidas, na Justiça Comum, contra o candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) e a coligação ‘Muda Brasil’, liderada pelo tucano.
Segundo a empresa, a ação é motivada por declarações feitas pelo candidato, dando conta de que os Correios teriam cometido crime eleitoral por não terem distribuído material de campanha do candidato.
A empresa diz já ter apresentando provais documentais da regularidade de seus serviços e afirma que não existiu qualquer tipo de irregularidade na distribuição de objetos postais de seus clientes.
Ainda assim, os Correios alegam que Aécio tem insistido em atribuir aos Correios a prática de crime eleitoral.
“Visando preservar sua boa reputação no mercado, perante seus clientes e a sociedade brasileira, os Correios decidiram processar o senhor Aécio Neves e sua coligação partidária. A empresa espera com essa decisão reparar os danos que sua imagem vem sofrendo e distanciar seus interesses institucionais do debate eleitoral”, diz trecho de nota encaminhada à imprensa.
Entenda o Caso
No último dia 30, um vídeo divulgado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" mostrou uma reunião com dirigentes dos Correios em Minas Gerais, onde o deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) afirma que a presidente Dilma Rousseff só chegou a 40% das intenções de votos no estado porque "tem dedo forte dos petistas dos Correios".
Após a declaração, Aécio Neves alegou ter apurado que as correspondências do partido em Minas Gerais não haviam sido entregues. "Os Correios não entregaram nossa correspondência de campanha em Minas, é inimaginável colocar uma empresa a serviço de uma campanha eleitoral", afirmou ele, acusando a empresa de estar À serviço do Partido dos Trabalhadores (PT).
O tucano afirmou ainda que a coligação ‘Muda Brasil’ entraria na Justiça para responsabilizar criminalmente o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, e todos os que segundo ele, “participaram deste crime".