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Corpo de garoto morto após confusão no Habib’s é exumado

Foto: reprodução

Por G1

O corpo do menino João Victor Souza Carvalho, de 13 anos, morto após confusão no Habib's da Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo, foi exumado na manhã desta terça-feira (3). O adolescente morreu em 26 de fevereiro.

A exumação ocorreu no Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha por determinação da Justiça. O corpo passará por novo exame necroscópico para saber se João morreu devido ao uso de drogas, como apontou o laudo oficial do Instituto Médico Legal (IML), ou se a causa da morte teriam sido agressões que ele sofreu de funcionários do Habib's.

Parecer particular de um médico legista criticou o laudo do IML. "Faltaram ao menos seis exames para serem feitos no cadáver", disse o médico legista Levi Miranda, que atua no caso a pedido dos advogados dos pais de João.

Câmeras de segurança registraram o momento em que empregados da lanchonete correrem atrás de João. As imagens mostram os funcionários arrastando o garoto em seguida e o largando ao lado do Habib's.

O laudo inicial do IML não encontrou lesões que possam ter causado a morte de João. O menino foi perseguido porque ameaçou jogar um pedaço de pau na loja, conforme as câmeras de segurança.

Para o IML, João morreu de infarto após usar lança-perfume e cocaína. "É possível, porém, que o menino tenha morrido em decorrência de agressões", rebateu o perito particular Eduardo Llanos.

"A pergunta que se tem de fazer é: João teria morrido se fosse agredido?", indagou o advogado Francisco Carlos da Silva. A exumação foi feita por médicos do IML e foi acompanhada também pela Polícia Civil e por parentes de João.

"O objetivo da exumação é se buscar a verdade real", disse o delegado assistente Wladimir Gomes de Souza, do 28 Distrito Policial (DP).

A mãe de João se desesperou no momento em que o caixão foi retirado. "É muito triste ver o caixão de meu filho ser desenterrado novamente", lamentou a mãe de João, Fernanda Cássia de Souza.

"Espero que esse novo exame faça Justiça", disse Marcelo Fernandes de Carvalho, que discorda que o filho tenha morrido por uso de drogas. "O menino foi assassinado. Morreu depois de apanhar".

O resultado da 'necropsia precedida de exumação' ainda não tem prazo para ficar pronta.

 

Redação

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