DESTAQUE 4 Plantão Policial

Coronel apontado como financiador da morte de advogado em MT deixa prisão e vai para domiciliar

O coronel reformado do Exército Etevaldo Caçadini, preso desde janeiro de 2024 sob a acusação de financiar o assassinato do advogado Roberto Zampieri, vai cumprir prisão domiciliar. A Justiça atendeu a um pedido da defesa, que alegou problemas graves de saúde e a falta de tratamento adequado dentro da penitenciária.

Zampieri foi executado a tiros em dezembro de 2023, em Cuiabá. O crime teria sido encomendado como parte de um esquema criminoso que envolvia venda de sentenças judiciais para beneficiar grileiros de terra no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O Ministério Público aponta Caçadini como um dos financiadores do homicídio.

A defesa apresentou laudos médicos que indicam que o militar sofre de câncer, apneia do sono e lesões articulares crônicas. Os advogados argumentaram que o quadro de saúde do coronel piorou durante o tempo na prisão e que ele precisa de cuidados especializados disponíveis apenas em Belo Horizonte (MG), onde reside sua família.

Tentativa de se descolar do crime

Em sua versão, Caçadini afirma que nunca teve qualquer envolvimento com o assassinato. Ele relatou que conheceu um pedreiro chamado Antônio por meio de um funcionário e o contratou para reformar seu escritório. Depois, Antônio teria viajado para Cuiabá, sido preso, e citado o nome do coronel durante um suposto episódio de tortura policial, numa tentativa de escapar da acusação.

Segundo o militar, essa citação seria o único elo entre ele e o crime. O Ministério Público, no entanto, sustenta que há elementos que vão além disso, incluindo movimentações financeiras e o relacionamento direto com os demais envolvidos no esquema.

Com a nova decisão, Caçadini será monitorado judicialmente enquanto cumpre prisão em casa. Ele continua respondendo pelos crimes de homicídio qualificado e corrupção, e permanece como um dos principais alvos da investigação que apura corrupção no Judiciário mato-grossense ligada à grilagem de terras.

A defesa diz que ele está sendo usado como “bode expiatório”, mas a Justiça, até agora, não descartou a participação dele no assassinato.

Lucas Bellinello

About Author

Deixar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Você também pode se interessar

Plantão Policial

Ladrões explodem caixa eletrônico em VG

Inicialmente, os ladrões usaram um maçarico para cortar o equipamento, mas não conseguiram e usaram explosivo.    Os bandidos fugiram
Plantão Policial

Em Sorriso 66 motos são apreendidas em operação da PM

"Esta é uma determinação do comandante, tenente coronel Márcio Tadeu Firme. Até o carnaval, faremos todos os dias blitz em