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Corinthians esbarra no ‘transfer ban’ e vai terminar 2025 com apenas dois reforços

O Corinthians chegou ao último dia da janela de transferências sem conseguir derrubar o ‘transfer ban’ imposto pela Fifa no dia 12 de agosto. Dessa forma, vai encerrar a temporada 2025 com apenas dois reforços: o lateral-esquerdo Angileri, contratado no final de fevereiro, e o atacante Vitinho, cujo registro foi feito no dia anterior à sanção que impede o clube de registrar novos atletas.

Tecnicamente, o clube do Parque São Jorge também contratou o zagueiro Cacá, que atuou ao longo de 2024 emprestado pelo Tokushima Vortis, do Japão, e foi comprado em janeiro deste ano. A compra foi obrigatória, já que estava determinada em contrato no caso de cumprimento de metas.

Até o treinador Dorival Júnior, que vinha reclamando publicamente da falta de reforços, se conformou com a situação. “Eu sei que até o final do ano não terei mais nenhum atleta. Tenho que aprender a conviver. O nosso elenco é um elenco enxuto e precisaremos ter improvisações ao longo da competição”, disse após o empate por 1 a 1 com o Palmeiras.

O departamento de futebol alvinegro chegou a negociar com quatro jogadores, mesmo impedido de fazer novas contratações, porque tinha otimismo, até a semana passada, de que conseguiria contornar a situação. Um dos nomes desejados era Agustín Anello, atacante americano do Boston Ríver, do Uruguai.

O ‘transfer ban’ foi aplicado ao Corinthians por causa de uma dívida de R$ 33 milhões com o Santos Laguna pela compra do zagueiro Félix Torres. Com os juros, o valor está na casa dos R$ 40 milhões. Houve tentativa de reverter a decisão na Corte Arbitral do Esporte (CAS), mas a decisão foi mantida.

À frente das negociações, o presidente Osmar Stábile, eleito há uma semana após cerca de três meses ocupando o cargo interinamente, levou propostas que foram recusadas pelo Santos Laguna. A última tentativa foi oferecer 70% do valor à vista e pagar o restante em duas parcelas, mas o clube mexicano estabeleceu uma relação de desconfiança com a diretoria corintiana e tem dúvidas sobre o cumprimento de um acordo do tipo.

Tal sentimento é compartilhado pelo Talleres, clube da Argentina que vendeu Rodrigo Garro ao Corinthians no início de 2024 e cobra US$ 4,3 milhões (cerca de R$ 23,3 milhões) na Fifa.

O caso também está na CAS e pode estender o período do ‘transfer ban’, atualmente aplicado por três janelas de transferências. Diferentemente do Laguna, que ao menos ouviu as ofertas alvinegras, a diretoria do time argentino mostrou-se inflexível e sequer quis abrir negociação com os corintianos.

Há, ainda, outros recurso na CAS. Um é referente ao processo em que o meia paraguaio Matías Rojas cobra R$ 40 milhões do clube. O outro diz respeito à condenação a pagar 1 milhão de euros (R$ 6,3 milhões) ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por dívida pelo empréstimo do volante Maycon.

Estadão Conteudo

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