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Coreia do Sul suspende três militares por participação na aplicação da lei marcial

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul anunciou nesta sexta-feira, 6, a suspensão de três oficiais de alto escalão do Exército por participação na aplicação da lei marcial decretada pelo presidente Yoon Suk Yeol. Os três militares punidos são o comandante militar de Seul, o comandante das forças especiais e o comandante de contraespionagem, informou o ministério em um comunicado.

Yoon impôs a lei marcial na noite de terça-feira (3) e enviou tropas e helicópteros ao Parlamento. A medida, inédita desde a democratização do país em 1987, desencadeou uma crise política na Coreia do Sul.

Os legisladores sul-coreanos iniciaram os procedimentos de impeachment contra o presidente poucas horas depois que o parlamento votou unanimemente para cancelar a lei marcial, forçando Yoon a suspender sua ordem cerca de seis horas após o início.

A oposição pressiona agora por uma votação no sábado, 7, sobre um pedido de impeachment, que precisa do apoio de dois terços da Assembleia Nacional para avançar para a Corte Constitucional, que decidiria se removeria Yoon do cargo.

Em uma reviravolta no caso, o chefe do partido governista de Yoon expressou apoio à suspensão dos poderes do presidente, tornando o impeachment de Yoon mais provável.

Durante uma reunião, o líder do Partido Poder Popular, Han Dong-hun, disse que recebeu informações de que Yoon deu ordens ao comandante da contrainteligência de defesa do país para prender e deter políticos-chave com base em acusações de “atividades antiestatais” durante a lei marcial. (Com agências internacionais)

Estadão Conteudo

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