Alguns corpos foram entregues a famílias erradas, segundo a mídia local divulgou nesta semana. Em alguns casos o engano foi percebido apenas no momento do funeral. Um plano de ação lançado pela força-tarefa do governo sul-coreano reconhece que houve casos em que as vítimas foram transferidas erroneamente.
A força-tarefa anunciou que a partir de agora os corpos serão entregues às famílias quando houver comprovação por teste de DNA, impressão digital ou registros dentários. As transferências serão temporárias quando um corpo for reconhecido por identificação ou descrição física, e as autoridades vão esperar por mais evidenciais antes de fazer a transferência permanente.
Até agora, os mergulhadores recuperaram 183 corpos, mas 119 ainda estão desaparecidos e são de passageiros que podem ter morrido nas cabines da balsa naufragada.
Autoridades disseram que 35 das 111 cabines foram vasculhadas, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Eles dizem que 48 corpos recuperados foram encontrados em uma única cabine capaz de acomodar 38.
A balsa naufragou no dia 16 de abril a caminho da ilha turística de Jeju. Mais de 80% dos 302 mortos e desaparecidos são estudantes de uma escola de Ansan, no sul de Seul.
Onze membros da tripulação, inclusive o capitão, foram detidos por suspeita de negligência e por abandonar a embarcação antes de passageiros. O promotor Yang Jung-jin, da equipe de investigação, afirmou nesta sexta que a causa do naufrágio pode ter sido excesso de desvio de rota, armazenagem imprópria de carga, modificações feitas no barco e influência de marés. Segundo ele, os investigadores determinarão a causa após consultar especialistas e fazer simulações.
G1