Os norte-coreanos ameaçaram os americanos e os sul-coreanos com ataques, incluindo o uso de bombas nucleares, contra Seul e Washington após a aprovação de sanções na ONU (Organização das Nações Unidas) por causa de um teste nuclear em fevereiro.
Segundo a Yonhap, uma fonte do Exército sul-coreano afirmou que o número de aviões de combate chegou a 700 na segunda (11) e chamou o volume como sem precedentes. O militar disse que o número é seis vezes maior que o usado pelo país comunista durante treinamentos em meados de 2012.
A informação da agência sul-coreana não foi confirmada pelo governo do país. No entanto, militares disseram à agência de notícias Efe que a Coreia do Norte aumentou o nível de treinamento militar terrestre, marítimo e aéreo nos últimos dias.
Na semana passada, os norte-coreanos disseram que cancelaram o armistício vigente desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953. Seul não aceitou a ameaça, dizendo que o fim da medida só seria possível se os dois lados assim o decidissem.
Além de declaração de fim da trégua, o governo norte-coreano não atendeu na segunda (11) uma das chamadas "linhas vermelhas", telefones criados após a guerra para determinar o envio de ajuda humanitária e discutir outros termos da relação diplomática.
EXERCÍCIOS
O aumento da retórica e do efetivo militar do país comunista acontece na mesma semana em que os Estados Unidos realizam exercícios militares com os sul-coreanos na região. Os americanos mantêm uma base militar próxima a Seul, com 28.500 soldados.
Na terça (12), o chefe de inteligência da Casa Branca, James Clapper, afirmou ser pouco provável que os norte-coreanos façam um ataque nuclear contra os Estados Unidos ou a Coreia do Sul, a não ser que o controle do regime de Kim Jong-un seja ameaçado.
Em comissão no Senado americano, Clapper afirmou que o país é uma ameaça séria e imprevisível porque é difícil medir em que momento o ditador norte-coreano se sentiria em perigo. Ele disse se preocupar com as ameaças norte-coreanas, que chamou de "muito beligerantes".
A televisão estatal norte-coreana colocou imagens nesta quarta de protestos contra os Estados Unidos e informou que Kim Jong-un colocou as tropas em alerta máximo para uma guerra potencial. Nos últimos 13 anos, as forças norte-coreanas atacaram os vizinhos do Sul em três ocasiões.
A mais grave foi em 2010, quando 50 sul-coreanos morreram quando os norte-coreanos bombardearam uma ilha reivindicada por Pyongyang.
Fonte: FOLHA.COM | AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
