Cidades

Copa: ministro aposta no bom-senso dos brasileiros para evitar imagem negativa

 
“A Copa é uma grande oportunidade de mostrar o país. Tenho preocupação, sim, mas cabe à gente confiar no bom-senso das pessoas, obviamente tomando as medidas de segurança das delegações. Temos muitas riquezas naturais e econômicas, mas a nossa força é que somos queridos [no mundo]. A gente não pode botar isso em risco. A imagem brasileira é nosso grande ativo e é um patrimônio de todos os brasileiros. Somos os anfitriões de uma grande festa. Como bom anfitrião, a gente tem que zelar não só pelos que chegam, mas também pelas imagens que a gente transmite mundo afora. O problema são essas imagens, a imagem de uma flechada, de uma privada jogada em um estádio, que é [apenas] um evento, mas isso atrapalha nossa imagem no mundo.”
 
Ontem (27), um policial foi atingido por uma flecha, mas sem gravidade, após manifestantes e policiais militares entrarem em confronto em Brasília.  O protesto teve a participação de povos indígenas, de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e do Comitê Popular da Copa.
 
No início de maio, um torcedor de 26 anos morreu após ser atingido por um vaso sanitário após jogo entre o Santa Cruz e o Paraná, no Estádio do Arruda, no Recife. O objeto foi arremessado por outro torcedor durante uma briga de torcidas.
 
Durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços, Neri avaliou que a medida anunciada ontem pelo governo, de que a desoneração da folha de pagamento dos 56 setores atualmente contemplados será permanente, tende a incentivar a geração de empregos. “A geração de emprego e o salário dos trabalhadores seguem crescendo, apesar de certo desaquecimento da economia em relação aos anos de ouro da pré-crise de 2008.”
 
O ministro ressaltou a queda da desigualdade de renda no país nos últimos 12 anos. “Os 5% mais pobres tiveram um aumento de renda líquida de impostos de 137% por pessoa e os 5% mais ricos, de 26%. A renda dos pobres está crescendo 5,5 vezes mais rapidamente do que a renda dos ricos.”
 
Para Neri, o país precisa investir em uma agenda de produtividade do trabalho para manter um ritmo de crescimento da economia sustentável. “A produtividade cresceu mais nos últimos dez anos do que nos 20 anos anteriores, mas a gente tem que mirar em países como a Coreia que, em 1980, tinha a mesma produtividade que a do Brasil e hoje a produtividade é três vezes maior.” Para isso, explicou, é necessário investir em educação profissional, atração de talentos no exterior e inovação.
 
Agência Brasil

Redação

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