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COP30: governador quer transformar Belém em ‘Vale do Silício’ da Amazônia

O governador do Pará, Helder Barbalho, disse nesta quinta-feira, 6, ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30) deve deixar como legado o posicionamento da cidade-sede, Belém, como a “capital da Amazônia”. Segundo ele, a ideia é seguir o modelo do Vale do Silício, nos Estados Unidos, aplicado à bioeconomia.

“Nós teremos como legado o posicionamento de Belém como capital da Amazônia. Como ponto central que permitirá girar em torno da cidade a agenda da sustentabilidade. Nós queremos transformar Belém no vale de biotecnologia da Amazônia”, afirmou.

Helder diz querer transformar a capital paraense no núcleo de transformação econômica a partir da biodiversidade e do investimento em tecnologia e inovação. Uma das entregas do governo para a COP30 foi um parque de bioeconomia.

O Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia foi reconhecido como o maior polo de bioeconomia da América Latina e o único parque tecnológico do mundo voltado à bioeconomia florestal, que integra ciência, inovação e saberes tradicionais, de acordo com o governo estadual.

A expectativa é de que o equipamento possa contribuir para a transformação produtiva dos recursos da floresta. O governo quer unir conhecimento científico, inovação tecnológica e sabedoria das comunidades tradicionais para converter a biodiversidade amazônica em oportunidades sustentáveis.

Economia e desafios

O governador Helder Barbalho disse que o PIB do Pará deve crescer cerca de 3% em 2025, sendo que um terço desse resultado virá direto da COP-30.

“Demoraria certamente muito tempo para que tudo isso pudesse ficar pronto, e em dois anos se transformou em realidade. Isso permite que a cidade possa ter o turismo como uma nova vocação econômica e com fortalecimento da geração de emprego. Os resultados estão postos: crescimento de PIB do Estado, maior nível de admissão de carteira assinada da história, maior crescimento de operações empresariais e novos negócios abertos também no comparativo com o ano passado, um crescimento de mais de 200%”, disse.

Ao falar das entregas, o governador se refere aos equipamentos urbanos já disponíveis para a população. São pelo menos três parques, o novo Museu das Amazônias, um novo polo gastronômico e um porto com capacidade de receber navios de cruzeiro que sempre preferiram Manaus a Belém por causa da infraestrutura.

“Nunca prometemos Belém sem problemas”

Mesmo com os avanços proporcionados pela visibilidade e pelos investimentos da COP-30, Belém segue com suas dificuldades históricas em infraestrutura de mobilidade e sanitária, com impacto ambiental direto. A cidade viveu uma crise de altos preços para hospedagem. Em agosto, 29 países assinaram uma carta pedindo a mudança da sede da COP-30.

Para o evento da ONU, foram entregues o BRT Metropolitano, quatro novos viadutos, a pavimentação de mais de 160 vias em diversas regiões da cidade e intervenções de macrodrenagem e saneamento em 13 canais, 11 deles em áreas periféricas.

“Nós nunca imaginamos nem prometemos que a cidade não continuaria tendo problemas. O que nós sempre dissemos é que nós tínhamos que aproveitar a oportunidade para mobilizar recursos para dar um salto de qualidade na cidade. E isso é indiscutível. E isso está feito”, afirmou o governador.

Ele disse ainda que a nova concessão de saneamento promete universalizar o serviço de água e esgoto até 2033.

Estadão Conteudo

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