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Cooperados Declaram Guerra Total à Diretoria em 48 Horas

Fontes ouvidas pelo Circuito MT revelam insatisfação generalizada e medo de vingança

​A Unimed Cuiabá, outrora símbolo de cooperativismo em Mato Grosso, agoniza sob uma gestão autoritária e opaca que transformou a cooperativa em feudo particular. Nesta terça-feira, 268 médicos cooperados – mais do que o mínimo exigido por lei – protocolaram um ultimato brutal: 48 horas para convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que pode decapitar a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração. Caso contrário, os próprios médicos assumem o comando da assembleia e executam o “impeachment” à força.

​Fontes ouvidas pelo Circuito MT revelam insatisfação generalizada que vai muito além dos signatários. Médicos relatam, sob anonimato, perseguições econômicas, ameaças veladas e um clima de terror dentro da instituição. “A diretoria age como dona da Unimed, não como gestora de uma cooperativa. Perdemos o espírito coletivo e viramos reféns de decisões arbitrárias”, desabafa um cooperado veterano.

As Sete Exigências que Podem Enterrar a Gestão Bouret

​O documento protocolado é uma sentença de morte administrativa:

  1. ​Votação secreta para destituição (para evitar retaliações);
  2. ​Demissão imediata da Diretoria Executiva e Conselho de Administração;
  3. ​Anulação da AGE de 27 de junho de 2023, que aprovou balanço sob suspeita;
  4. ​Nova auditoria independente no balanço de 2022;
  5. ​Pedido à ANS para reverter direção fiscal (medida extrema);
  6. ​Eleição de diretoria e conselho interinos com mandato de 120 dias.

A Revolta que Nasceu nas Sombras

​O movimento começou em abril, fermentado em grupos de WhatsApp e explosões de indignação. A gestão Bouret é acusada de:

  • ​Falta de transparência absoluta em contas e decisões;
  • ​Governança de empresa privada, ignorando o cooperativismo;
  • ​Retaliações econômicas contra dissidentes.

​“Mais da metade dos 1.271 cooperados está insatisfeita”, garante fonte do Circuito MT. “Muitos não assinaram por medo de perder credenciamentos ou sofrer boicotes.”

O Relógio Corre Contra a Diretoria

​A lei é clara: 20% das assinaturas bastam (255). Eles entregaram 268. Se a diretoria ignorar o prazo, os cinco primeiros signatários convocam a AGE sozinhos, com data, horário e local definidos:

  • ​11 dias de antecedência;
  • ​Terça, quarta ou quinta;
  • ​Horários: 17h30, 18h30 ou 19h30;
  • ​Local com estrutura audiovisual e registro oficial.

Pré-Impeachment: História se Repete

​Fontes internas afirmam: sempre que cooperados atingem 20%, a diretoria cai. A Unimed Cuiabá vive um pré-impeachment irreversível. A ferida exposta não é só contábil – é a morte do cooperativismo em nome do poder pessoal.

​A diretoria foi procurada, mas se recusou a comentar. O silêncio só alimenta a revolta. O relógio marca 48 horas. E contando.

Lucas Bellinello

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