Mais um escândalo sobre o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) foi revelado nesta quinta-feira (25) pelo secretário de assuntos estratégicos, Gustavo Pinto Coelho de Oliveira. O governo Silval Barbosa comprou 56 vagões (módulos) a mais do que o modal precisaria. Segundo o secretário, isso causou um prejuízo de aproximado de R$ 120 milhões aos cofres públicos.
A informação é parte de um adiantamento da consultoria da empresa KPMG, que está responsável por auditar o contrato e as obras do VLT mato-grossense. A segunda fase do estudo será entregue, segundo informou a assessoria de imprensa do Gae, na próxima sexta-feira (04 de março).
Conforme a consultoria revelou, o modal de transporte – idealizado para a Copa do Mundo e que está com as obras paralisadas desde outubro de 2014 – precisa de apenas 224 vagões para funcionar, contudo o ex-gestor adquiriu 280 vagões (56 além do necessário).
Para rodar nos dois eixos (Aeroporto – CPA e CPA – Aeroporto) o VLT precisa de 32 composições. A gestão passada comprou 40 composições, ou seja oito composições a mais que o necessário. Sendo que três destas (21 vagões) seriam de reserva. No total, foram gastos R$ 500 milhões para a aquisição de todos os carros. Cada VLT é composto por sete módulos (vagões), com capacidade para transportar até 400 pessoas por veículo, sendo 77 sentadas, segundo dados do Portal Brasil do Governo Federal.
Ao longo do percurso do VLT, serão 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração, além de uma estação na região do Porto, onde poderá ser feita a integração com os ônibus de transporte coletivo.
Entre as novidades da consultoria, está o pedido do governador Pedro Taques (PSDB) para que o preço da passagem do VLT deverá ser o mesmo preço da tarifa de ônibus.
Atualizada às 16h10min