O presente artigo tem como objetivo confirmar posturas de cidadãos construtores sociais, estes que se dedicam para mitigar a distância existente entre o poder/sociedade. Então, mais justiça social, por favor. Foram localizados profissionais comprometidos com a sociedade, e que honram as instituições, e, trazem consigo a prática de ações, pautadas para contornar as diferenças entre ricos e pobres.
É relevante trazer à lume que o viés econômico está atrelado à justiça social. O Estado, então cadê políticas públicas de qualidade? Está é a prioridade das prioridades, o direito de muitos cidadãos terem em seu cotidiano: vida digna. Os seres humanos que habitam nas ruas, evidentemente é a consequência do descaso dos poderes, quase nada estão fazendo para proteger o cidadão. Enfim, há consequências exorbitantes das desigualdades sociais. A verdade é que, em meio de ridículas diferenças sociais-econômicas, ainda existem a dolorosa distância física entre classes sociais. Cadê os políticos?
A bem da lucidez, sensatez e serenidade humana, detectamos cidadãos labutando muito para encurtar as diferenças, empresários, escritores e voluntários que se lançam para saciar a fome cultural/alimentar de cidadãos que se encontram abandonados, e que no final da tarde estes encostam nas portas fechadas dos comércios para acomodar-se, ou fugir de si mesmo, porque o Estado não consegue vê-los. O Estado lamentavelmente ignora-os.
Vale ressaltar que temos humanos antenados que, acelera na colaboração das posturas dignas, assim foi a conduta do empresário Júlio Valmorbida, sendo proprietário do restaurante: “Flör Negra, ” Localizado – Av. São Sebastiao – 2873, coração de Cuiabá-MT. O Sr. Valmorbida disponibilizou todo material de trabalho do restaurante, para ser utilizado, este participou ativamente, contribuindo com à juventude também na confecção dos alimentos. Parabéns!
Sendo assim, apresentamos os exemplos do cotidiano de profissionais transformadores: os fundadores do “Projeto Solar”– Solidariedade, Amparo e Resgate – Bruno Ângelo Ruzzarin Orlandin (estudante de Engenharia Civil) e Gabriel Souto de Castro Coutinho (estudante de Direito e servidor público). Felicidade é explicita quando evidenciam lindos sorrisos. Parabéns! cidadãos do povo e para o povo, que sentem necessidades do povo desamparado.
Mulheres gestantes sem nenhuma assistência. Todos independentes de gêneros não são agressivos, são afetivos, e, só agradecem muitas vezes com amor e solidariedade. “Valeu tia”. O Estado? Cadê suas atitudes para com eles, os doentes são vítimas dos gestores.
Todos os alimentos preparados com muita dedicação e arte tinham consigo palavras de amor e esperanças.
O cidadão acima estava sem calçado e faminto, não é usuário do ilícito , graças à Deus, este cidadão trabalha como vendedor durante o dia, contudo dorme na rua para fazer economia e voltar para sua cidade. Cadê os fiscais do Estado gigante? Ele recebe orientação dos voluntários e amor, tudo regado de esperanças.
O “Projeto Solar” que, consideramos como os construtores da vida, estes que trabalham para aconchegar os abandonados, e suprir a fome, são doadores de vestimentas e calçados e bem-estar para os abandonados pelos governantes. Os voluntários ao prestar serviços comunitários sentem-se honrados e grandiosos. A autora participou dos trabalhos, quantas manifestações de bem-estar naqueles rostos famintos de: dignidade, Amor, fome, saúde, carências de justiça de toda ordem, idosos com dores de dente, cidadão com bala alojada na perna, muitas mulheres gestantes, lamentavelmente envolvidas com o ilícito – crack. Qualidade de vida? Onde? “(…) homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; ” Constituição 1988, Título II, Cap. I, Art. 5º-I. As autoridades nas suas coberturas? Será?
Parece-nos humilhação que, alguns gestores estão fazendo com os cidadãos. Os direitos fundamentais da Constituição não estão sendo cumpridos. Autoridades visitem a noite cuiabana. Poderes por favor, saiam dos seus caros e apartamentos confortáveis, só por um dia, por favor. Ações fará bem-estar para sua alma, serenidade e paz. A ação de entregar nas mãos destes cidadãos uma quentinha e suco, eles sentem tão HONRADOS. Autoridades incentivem os carentes esboçarem um sorriso, respeitem a população.
É certo que a Constituição Federal trata da justiça social, art.170, refere-se a ordem econômica, art.193, relaciona à justiça social e art.3º e respectivo inciso. Enfim, vale ressaltar que a Constituição está pautada na Justiça para todos. A saúde é considerada como direito internacionalmente reconhecida, evidenciado em Cartas Constitucionais e acordos Internacionais. Na Constituição Federal brasileira, a saúde, está prevista como direito fundamental, artigos 6º, 196 e outros.
O cenário dos atores depoentes está visivelmente na construção da moral-política, igualdade e solidariedade. É através da igualdade de direitos que fomentaremos oportunidades de desenvolvimento.
Segundo Coutinho, presidente e fundador do projeto SOLAR "O Solar – Solidariedade, Amparo e Resgate – é um projeto sem fins lucrativos, sem vínculos políticos, religiosos e institucionais e que tem por objetivo prestar assistência à população de rua em Cuiabá, bem como a entidades sociais que trabalham em prol da comunidade carente – não apenas carente do que é material, mas de carinho, empatia e atenção. Como organização da sociedade civil, nossas ações encontram-se dentro das nossas possibilidades, e nos esforçamos para dar nosso melhor a quem mais precisa. Colocamos a mão na massa. Buscamos conhecer a população de rua em Cuiabá. É para ela o nosso trabalho. A intenção sem ação é vazia. É preciso ir além das curtidas nas redes sociais."
O participante do projeto o jovem Jocir Duarte Silva, formado em engenharia das telecomunicações, nasceu em Cabo Verde – África, 29 anos. Encontrava-se lavando às louças, e nos chamou atenção sua cultura disposição e alegria, eis que maravilhosamente este é naturalizado brasileiro. Isto demostra que o projeto traz consigo união entre os povos para o Amor gigante, independentemente de sua origem e história de vida. Necessitamos viver o Amor construtor e semeador para com todos. Igualdade? Principalmente justiça social, assim apregoa a Constituição Federal.
O Solar nasceu ao vermos pessoas necessitando de carinho e de um ombro amigo, ou passando dias e noites sem saber se iriam comer. E percebemos que, em grupo, conseguimos impactar tais pessoas com maior continuidade e intensidade, seja com singelas marmitas para os moradores de rua ou visitas à instituição carente.
Recomendo a todos a participarem de um projeto social: seja ajudando a organizar uma ação, seja por doações ou participando da ação. Ver o sorriso no rosto de quem você não sabe o nome e nem conhece mas quer o bem é recompensador…mostra que você conseguiu deixar um pouco de seu carinho e amor por onde passa, e sai com dever cumprido: transmitir seus valores ao próximo, em busca de melhorar o seu jardim, antes de mudar o mundo" Orlandin, fundador do Projeto Solar.
Os jovens trocam as baladas e se aglomeram para realizar trabalhos comunitários, bem como servir os cidadãos abandonados pelos poderes que os tratam como invisíveis socialmente. Nas ruas temos à realidade social que os poderes… será? Que não conhecem o “cheiro do povo”? Ou seja, as necessidades dos abandonados?
Em se tratando de doadores para sociedade, o professor Vicente Machado Ávila, também sem depender da máquina do Estado: projetos$$$, aqui está o professor/escritor, e, mesmo sem verba governamental contribuiu com a educação.
Em se tratando da falência cultural, que é a evasão, o escritor -Machado Ávila diz: “Dinâmica para manter a evasão. Primeiro que, o pensar e o fazer andam juntos. Nós trabalhávamos em sala de aula refletindo e questionando o pensar. E, organizávamos trabalhos de pesquisa com os estudantes na realidade prática, onde estávamos em contato com o fazer. Paralelamente eu era também servidor público. Assim vivenciávamos a teoria e a realidade. A partir daí éramos mantenedores da presença dos jovens em sala de aula, evitando a evasão entre o período de 1969-91. (…) a Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, 1970, estava se implantando, e, os alunos tinham entusiasmo e sentiam orgulhosos de estarem inseridos na dinâmica acadêmica. Então poucos evadiam da instituição. É importante destacar que a UFMT era a única no Estado e o mercado de trabalho era promissor. ”
Graci Ourives de Miranda: O que o levou a escrever um livro e quais as suas abordagens?
“Tenho 60 anos militância política e acadêmica, verifico que de 1989 (queda do muro de Berlim até a data atual) o capitalismo já passou por três ondas de reconstrução. O mesmo não se pode dizer do socialismo. É muito difícil enfrentar o capitalismo neoliberal sem novas ferramentas. Em razão disso estou propondo na obra “Neosocialismo & Cooperativismo”, 2017, a construção de uma nova maneira de fazer socialismo, valorizando a experiência histórica do socialismo real. Citamos um exemplo esclarecedor que foi o momento de greve das universidades, foram 139 dias de greve em 2017 com muita luta e poucas conquistas. Isto porque o movimento foi conduzido dentro dos marcos da relação capital/trabalho. A realidade exige que se inclua também as relações capital/sociedade. Isto é, a sociedade precisa ser conscientizada da importância da Educação pública gratuita e de qualidade. O movimento não pode ficar restrito ao campus. Precisa se aproveitar a experiência do curso secundário onde à associação de pais de aluno exerce papel relevante no labor educacional”. Professor/escritor: Vicente Machado Ávila.
Autoridades sejam céleres: Sociedade necessita de Bem-estar para TODOS.