De acordo com o edital, o referido consórcio vai fornecer solução de monitoramento e operacionalização da aplicação das provas práticas de direção veicular no Detran-MT, e corresponde à última etapa do processo de 1ª Habilitação, Adição e Mudança de Categoria dos candidatos/condutores para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), em todo o Estado de Mato Grosso.
O Detran-MT mantém vários contratos milionários com empresas privadas. Uma dessas terceirizações já levou o Tribunal de Contas do Estado a investigar o contrato firmado com a empresa FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda.
Contratada em 2009 para fazer o registro dos contratos de veículos novos ou usados financiados em Mato Grosso, a empresa teria provocado, de acordo com auditoria técnica do TCE, um rombo milionário no órgão diante da "concessão de serviços públicos indevida e lesiva aos cofres públicos estaduais".
Hoje, o contrato do Detran com a empresa FDL está sendo mantido devido a uma decisão judicial. O registro de cada contrato de financiamento tem valores que vão de R$ 200 a R$ 273.
A empresa tem a incumbência hoje de repassar apenas 15% do que fatura junto aos contratos para o Detran. Antes de uma lei aprovada em junho de 2013, o repasse era de apenas 10%.
Ainda em 2013 a Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar (ASSPMMT) e o Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran) denunciou a contratação de 50 guardas privados da empresa Integral Segurança e Vigilância Patrimonial Ltda. pelo valor de R$ 5 milhões.
Além de apontarem um possível superfaturamento na contratação, os líderes sindicais denunciaram a dispensa de 58 policiais aposentados que prestavam serviço de segurança no Detran. O contrato com a Integral seria 10 vezes maior que o valor pago aos policiais aposentados para a realização do mesmo serviço.