Política

Consórcio nega esquema e diz não ver razão para rompimento de contrato

O consórcio responsável pelas obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na Grande Cuiabá divulgou uma nota sobre os apontamentos do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) de suposto esquema que favoreceu a escolha do grupo para os serviços.

O grupo afirma que as afirmações de Silval são “infundadas” e não possuem nenhum amparo em fatos que indiquem a participação no esquema que envolveu empresas subcontratadas e políticos entre 2011 e 2014. O consórcio disse não ter conhecimento de “irregularidades que contaminem” o resultado final da concorrência pública.

“O consórcio registra que não participou, e que não tem conhecimento de qualquer irregularidade capaz de contaminar o processo de licitação e a celebração do contrato do VLT, tendo a escolha ocorrida em igualdade de condições e ampla competitividade com os demais concorrentes, sagrando-se vencedor com o menor preço apresentado entre as empresas habilitadas.”

O grupo negou ter recebido benefício ilegal ou indevido durante a execução das obras e afirmou que tem “suportado prejuízos” com a ausência de pagamentos por traçados já executados e pelo longo tempo de tentativa de negociação com o Estado para retomada das obras, paradas desde 2014.

Na semana passada, o governador Pedro Taques decidiu pelo rompimento definitivo do contrato que estava suspenso desde março de 2015 por decisão da Justiça Federal, e as negociações estavam suspensas de início deste mês por deflagração da Operação Descarrilho pela Polícia Federal.

“O consórcio defende que não há razão para a interrupção das negociações, conforme noticiado pelo Estado, pois tem plena convicção de que, ao final, as declarações e circunstâncias recém-noticiadas serão devidamente apuradas e esclarecidas.”

Leia a íntegra da nota

O CONSÓRCIO CONSTRUTOR, responsável pelas obras civis do VLT, em razão das recentes notícias publicadas na imprensa acerca de possíveis ilícitos relacionados ao seu contrato e do posicionamento do Estado de Mato Grosso quanto ao encerramento definitivo das negociações com o CONSÓRCIO, para retomada das obras de implantação do VLT, vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

Sobre a licitação, o CONSÓRCIO registra que não participou, e que não tem conhecimento de qualquer irregularidade capaz de contaminar o processo de licitação e a celebração do contrato do VLT, tendo a escolha do CONSÓRCIO ocorrida em igualdade de condições e ampla competitividade com os demais concorrentes, sagrando-se vencedor com o menor preço apresentado entre as empresas habilitadas;

 Sobre o contrato, o CONSÓRCIO afirma que não recebeu qualquer benefício ilegal ou indevido durante a execução das obras. Ao contrário, suportou e ainda vem suportando enormes prejuízos em razão dos problemas ocorridos durante a execução do contrato, tais como atrasos constantes dos pagamentos pelo Estado, atrasos nas desapropriações dos imóveis e o longo período de paralisação das atividades do contrato, determinada pelo Estado em dezembro de 2014;

Assim, o CONSÓRCIO defende que não há razão para a interrupção das negociações, conforme noticiado pelo Estado, pois tem plena convicção de que, ao final, as declarações e circunstâncias recém-noticiadas serão devidamente apuradas e esclarecidas;

Em relação ao conteúdo da delação do ex-governador, de que teria extorquido o CONSÓRCIO, responsável pelas obras civis do VLT, entre diversas empresas no Estado, aliado às claras conclusões de que tem faltado com a verdade em suas acusações no que diz respeito ao CONSÓRCIO, desacompanhadas de qualquer prova ou evidência, inclusive em relação à atual administração do Estado de Mato Grosso, o CONSÓRCIO reitera que está auditando internamente todos os seus contratos e promovendo diligências com o fim de cooperar com as autoridades e para que todos os episódios e ilações sejam esclarecidos com o atendimento ao interesse público;

Por fim, o CONSÓRCIO vem reafirmar seu interesse na continuidade das negociações para retomada das obras e conclusão do empreendimento, visto que esta é a medida que melhor atende aos interesses de todas as partes envolvidas, no âmbito processual, e à população.

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