“A gente tem que quebrar os paradigmas aos poucos. Não posso, de repente, colocar duas torcidas sem divisor. As próprias autoridades acham que a gente deveria começar ir aos poucos educando as pessoas para esse novo modelo, até chegar ao ‘padrão Fifa’, que é sem barreira nenhuma. Eu sou partidário de que a gente vai mesmo conseguir isso com o tempo”, afirmou, em entrevista à Rádio Bradesco Esportes FM RJ.
A reabertura do estádio, que foi palco da final da Copa das Confederações no último dia 30, está marcada para daqui a dez dias, no clássico entre Fluminense e Vasco. Segundo Borba, o consórcio irá instalar divisórias para separar as torcidas, mas ainda não sabe que tipo de material – grades de metal ou painéis de vidro – vai usar.
“Já para o jogo do dia 21, a gente vai construir o divisor de torcida. Estamos discutindo que tipo de divisão fica menos feia, buscando os materiais adequados”, comentou.
O consórcio já fechou parceria com o Fluminense e está nas tratativas finais para firmar acordo com o Flamengo. O Botafogo também deve acertar, pelos dois anos em que o Engenhão passará por reforma. Segundo Borba, os contratos de Fla e Flu duram 35 anos e, dos 78.000 lugares disponíveis no Maracanã, os clubes teriam direito de exploração sobre 43.000 – 5.000 são destinados às cadeiras cativas e 30.000 são de direito dos mantenedores.
“Com o Flamengo, a gente avançou bastante, estamos basicamente discutindo dois pontos: o Flamengo entende que precisa de um maior número de camarotes e assentos premium, além dos 43.000 ingressos; e o Flamengo diz que 35 anos é muito tempo”, analisou.
De acordo com o presidente do consórcio, o principal entrave é o tempo do acordo. “Aqui no Brasil a gente pratica pouco o planejamento a longo prazo. É esse exercício que estamos tentando convencer o Flamengo para fechar rapidinho.”
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