O Conselho Municipal de Saúde de Cuiabá emitiu uma carta aberta se manifestando contra a intervenção do Estado na Secretária de Saúde da Capital. O documento foi divulgado nesta sexta-feira (23).
No texto, o órgão afirma que o governo do Estado não tem capacidade para assumir a Saúde do município já que a gestão estadual enfrenta “falta de organização” nos hospitais do interior do Estado.
A manifestação cita também que a situação tem ocasionando a migração de pacientes de municípios do interior para a capital, o tem que tem “sobrecarregado o município de Cuiabá”.
“Neste contexto, precisamos discutir Políticas Públicas de Saúde e Não Politicas Partidárias, pois hoje com a falta da organização da regionalização dos serviços de saúde por parte do Estado, os pacientes tem migrado para a capital em busca de tratamento, sobrecarregando assim o município de Cuiabá.”, cita.
O documento foi publicada após o procurador-geral de Justiça (PGJ), José Antônio Borges, pedir urgência na análise do pedido de intervenção do governo Mauro Mendes (União) na Secretaria Municipal de Saúde e na Empresa Cuiabana de Saúde.
Na solicitação, o chefe do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) afirma que a capital vive uma ‘calamidade pública’ pelo colapso na saúde.
Por outro lado, o Conselho apontou que a pasta já passou por diversos problemas em gestão anteriores e culpou que grande parte dos atendimentos ainda é reflexa da pandemia da covid-19.
“Considerando os inúmeros desafios, não podemos nos esquecer das dificuldades enfrentadas pela Administração Púbica na Pandemia e Pós Pandemia para aquisição de medicamentos e insumos, pois o mercado farmacêutico não conseguiu suprir as demandas dos municípios, inclusive pela falta de matéria prima, bem como o aumento dos preços dos medicamentos e insumos”, cita.