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Conjunto de Favelas da Maré é ocupado para instalação de UPP

Não houve confronto na operação, que teve pelo menos seis detidos – dois portando drogas e os demais perto do Canal do Cunha, consumindo entorpecentes. As bandeiras do Brasil e do estado do Rio de Janeiro foram hasteadas por volta das 9h40, simbolizando a retormada do território pelo estado das mãos de criminosos.

Durante varredura, policiais federais encontram 450 quilos de maconha e também armas que estavam em um depósito embaixo da terra nas proximidades da Vila Olímpica e do Ciep da Maré. A grande quantidade de material apreendido foi levado em uma caminhonete para a sede da Polícia Federal. Policiais civis, por sua vez, foram autorizados pela Justiça, com um mandado coletivo, a revistar casas no Parque União e Nova Holanda.

O clima durante toda a operação foi calmo. Imagens do Globocop mostraram o comércio aberto durante a ocupação e moradores nas ruas observando a chegada dos policiais tranquilamente.

Segundo a Secretaria de Segurança do Rio, a ocupação do Complexo da Maré contou com 1.180 policiais militares das seguintes unidades: Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), Batalhão de Ações com Cães (BAC), Batalhão de Vias Especiais (BPVE), Grupamento Aeromóvel (GAM), 22º BPM (Maré), além de policiais da Corregedoria Interna da Polícia Militar. Policiais dos 1º, 2º, 3º e 4º Comandos de Policiamento de Área estão realizando operações em outras comunidades na cidade do Rio, Baixada Fluminense e Região Metropolitana.

A Polícia Federal ajudou com o serviço de inteligência e a Polícia Rodoviária Federal cerca os acessos para impedir fugas, nos mesmos moldes da ocupação do Complexo do Alemão, em 2008. Militares da Marinha também prestaram apoio, com 21 blindados e 250 homens, mas nem todos os carros precisaram ser usados.

Uma operação paralela da Polícia Federal, que ocorria em outros pontos da cidade, teve outras prisões relacionadas à quadrilha que atua na Maré, entre elas a de Daiane Rodrigues, apontada como amante do traficante Menor P, ex-chefe do tráfico na maior parte do conjunto de favelas, preso esta semana.

Cabral

Em entrevista nesta manhã, o governador Sergio Cabral disse que a ocupação foi uma resposta do povo do povo do Rio de Janeiro ao crime organizado. "Fomos provocados e intimidados nos últimos dois, três meses pelo poder paralelo em uma tentativa de enfraquecer uma política de segurança. É uma resposta que o povo do Rio de Janeiro e do Brasil reconhece", afirmou. Para Cabral,  os moradores da Maré podem agora se considerar parte do estado. "É uma cidade que se integra à cidade. Um dia histórico. Se a entrada da polícia já significou medo aos moradores, hoje significa a chegada da paz", afirmou.

 

G1/RJ

 

Redação

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