Um dos maiores divulgadores da técnica, o professor holandês Jo Frencken, vem ao Brasil para o 32° Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, promovido pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro. Membro do Comitê Mundial de Desenvolvimento Dental e Promoção da Saúde, Frencken afirma que o objetivo do tratamento restaurador atraumático é adotar uma abordagem amigável, que não provoque medo nem ansiedade nos pacientes. Por isso a opção por dispensar a anestesia, desde que as lesões de cárie sejam pequenas.
Para realizar o ART são necessários instrumentos manuais apropriados para técnica e um ionômero de vidro de boa qualidade, que apresente alta viscosidade, segundo o coordenador científico do Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo da edição de 2014, Andre Callegari. O ionômero de vidro é biocompatível e possui flúor na sua composição. Com liberação contínua do flúor, o material atua também na prevenção de futuras lesões cariosas. O professor da Universidade Federal de Juiz de Fora Marcos Alex Mendes da Silva ressalta a importância do selamento com material restaurador específico, feito após a remoção da lesão e que impede a progressão da cárie.
O tratamento restaurador atraumático pode ser utilizado tanto em serviços públicos quanto particulares. A técnica é indicada nos casos de pequenas lesões de cárie e para situações em que as mãos do cirurgião-dentista têm livre acesso para realizar o tratamento. O método é desaconselhado quando há abcesso próximo ao dente cariado ou quando a polpa do dente está exposta.
MSN