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Conheça seis hipóteses para explicar o desastre da Germanwings

Há uma série de teorias sobre o que poderia ter causado o acidente que matou 150 pessoas na terça-feira. O maior mistério é o acidente ter ocorrido na fase de cruzeiro do voo, em que ocorrem menos de um entre 10 casos de acidentes aéreos.

1. Despressurização da cabine
Uma perda súbita de pressão a bordo da aeronave ou um incêndio na cabine dos pilotos poderiam ter incapacitado a tripulação e explicado a ausência de comunicação com os controladores de voo – o alerta sobre problemas no voo U49525 foi dado quando o A320 desapareceu dos radares quando voava sobre os Alpes Franceses. O mistério aqui é que um incidente deste tipo não explica a razão de o avião ter iniciado uma descida quando voava a uma altitude de 11.582 metros.

Casos anteriores de pilotos inconscientes ficaram marcados pelo fato de a aeronave simplesmente voar em linha reta até cair por falta de combustível – o mais recente deles ocorreu em 2005, quando um Boeing 737 da companhia grega Helios bateu numa montanha com 121 pessoas a bordo depois de um vazamento ter deixado os pilotos inconscientes por falta de oxigênio.

2. Falha nos motores
Um "apagão" nas duas turbinas do Airbus poderia ter explicado a perda de altitude, mas especialistas em aviação alertam que a aeronave teria descido de maneira mais controlada do que a forma acentuada com que baixou na terça-feira (em apenas oito minutos, desceu dos 11.582m até se chocar contra uma montanha). Pilotos neste tipo de situação teriam notificado o controle de tráfego aéreo imediatamente para que aeronaves próximas fossem desviadas de um possível curso de colisão. E também teriam tentado desviar o avião das montanhas para um local em que pudesse fazer um pouso forçado.

3. Anomalia climática
É uma hipótese praticamente descartada, porque o tempo estava bom na região da queda e não houve relatos sobre turbulência na altitude em que o A320 se encontrava.

4. Falha mecânica ou eletrônica
Aviões da Airbus já sofreram panes, a mais famosa delas a queda do voo 447, que voava do Rio de Janeiro para Paris, em 2009, e caiu no Atlântico, matando todas as 229 pessoas a bordo. Foi o resultado de uma série de anomalias nos computadores da aeronave – no caso, um A330, usado para voos intercontinentais – que confundiram os pilotos, que voavam à noite e em meio a mau tempo. Mas o avião da Germanwings voava de dia, o que teria dado aos pilotos melhores condições de orientação. E, embora o treinamento de pilotos estabeleça que controlar a aeronave é prioridade sobre comunicação, um problema do gênero teria sido informado aos controladores de voo.

5. Falha humana
Especialistas ouvidos por diversos órgãos de mídia na Europa e nos Estados Unidos foram taxativos ao dizer que o padrão de descida do 4U9525 sugere uma tentativa controlada de redução da altitude, procedimento-padrão para uma série de situações de risco, inclusive a despressurização da cabine. Mas os pilotos poderiam ter perdido o controle da aeronave ou se confundido com possíveis problemas eletrônicos – um cenário que se provou fatal no caso do Air France 447.

6. Intervenção humana
A possibilidade de que alguém interferiu na pilotagem do A320 não pode ser descartada, embora as autoridades envolvidas na investigação tenham afirmado não suspeitarem de algum tipo de incidente como terrorismo ou tentativa de sequestro. Pilotos poderiam ter avisado por rádio ou mesmo usado códigos secretos para informar às autoridades. É improvável também que a tripulação teria aceitado uma descida controlada em direção a uma montanha mesmo sob severa coerção.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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