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Conheça o futuro do basquete nos EUA

Um garoto de corpo agudo, de farto moicano amarelo e evidente diastema quica a bola e aponta para a linha divisória da quadra. Com muito esforço, faz um movimento para a frente e, com as duas mãos, joga a esfera longe. O arremesso é certeiro, e LaMelo Ball vira as costas, como quem fez algo corriqueiro. Enquanto Russell Westbrook terminou o ano como vedete da NBA, o basquete dos ensinos médio e universitário norte-americanos enlouquece com um trio de irmãos cujas idades somadas pouco passam dos 50 anos. LaMelo (15), LiAngelo (18) e Lonzo (19) são os Ball Brothers.

Nos EUA, outros irmãos Ball carregam o epíteto e formam um grupo de música cristã. Mas quem tem operado milagres são os garotos da Califórnia. Durante os 12 meses de 2016, o Chino Hills Huskies não perdeu (35-0) e levou o título do Estado da Califórnia. Em um dos jogos da temporada, depois de ter marcado 56 pontos, LiAngelo anotou 72 na partida seguinte.

Em março, o jornalista Eric Sondheimer, do Los Angeles Times, escreveu sobre as vendas de ingressos para partidas dos Huskies. “Mais rápidas do que para um show da Taylor Swift”. Por isso, o Honda Center, em Anaheim (Califórnia), com capacidade para 18 mil pessoas, abrigou a equipe nos playoffs do estadual. Lonzo e LaMelo são armadores, e LiAngelo, ala-armador.

Os três atuaram juntos pelos Huskies até o ensino médio. O mais velho, Lonzo, transferiu-se no ano passado para a tradicional Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla). Zo, como é chamado, já tem perfil na Wikipedia e passou a ser apontado como a primeira escolha do draft (espécie de vestibular esportivo) da NBA, em junho. Os outros dois irmãos estão comprometidos com a mesma Ucla — LiAngelo neste ano, e LaMelo, em 2019.

O fato de todos terem concordado em ir para a Universidade de Los Angeles tem uma explicação. A família é da Califórnia, onde fica a instituição. Ninguém gosta de frio. Então, eles eliminaram todas as escolas da Costa Leste dos EUA, região mais afetada pelo clima gelado. A partir daí, pensaram na melhor equipe da Costa Oeste e chegaram ao consenso de que a Ucla seria a ideal.

Matadores

Eles, enquanto atuaram juntos, tiveram privilégios de pouco defender e muito arremessar de trás da linha dos três pontos. Portanto, era comum que o Chino Hills chegassem ao placar centenário. “Da maneira como são nossos corpos, eu sabia que teríamos três ‘matadores’, disse o pai dos garotos, LaVar Ball, à CBS, referindo-se a ele e à esposa, Tina Ball.

 

LaVar e Tina jogaram basquete universitário. O esporte, portanto, não está apenas no sobrenome, mas também no sangue. Tudo isso sem precisar sair em caravana por aí. Os Ball quase nunca viajam para jogar e mostrar suas habilidades em outros lugares.”Se você é um bom jogador, as pessoas o verão. Você não precisa viajar o país. Você não precisa fazer parte do circo”, receita o pai.

 

Televisão 

A estupefação dos norte-americanos diante dessa família incomum levará todas as curiosidades para a televisão. Os Ball Brothers, mais os pais, Tina e LaVar, têm sido filmados para um reality show, rodado pelo integrante da indústria do entretenimento Provat Gupat Dubois. Provat conheceu os Ball da pior forma esportiva possível: viu LaMelo, então com 11 anos, marcar 30 pontos sobre a equipe que patrocinava. Por enquanto, vídeos sobre o trio aparecem aos montes no YouTube. Há, inclusive, análise sobre a mecânica de arremesso dos irmãos. Essas mídias costumam ultrapassar 500 mil visualizações.

LaVar e Tina criaram, em 2013, a organização sem fins lucrativos Big Ballers para seus três filhos e alguns meninos da região. Eles não quiseram se associar a nenhuma patrocinadora esportiva, principalmente as famosas fabricantes de tênis. “Temos um plano, e tudo está indo de acordo com ele”, disse, à ESPN, LaVar. “Eles nasceram para se tornarem profissionais. Eu disse a eles ‘Alguém tem de ser melhor que Michael Jordan. Por que não vocês?’”. 

Fonte: SuperEsportes

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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